A opinião de ...

Um olhar sobre Vila-real e o seu aerodromo

Após quase 3 anos de inoperacionalidade o Aeròdromo do Alto de Vila Real reabriu ao tráfego aéreo nas mesmas condições de funcionalidade a que se habituou os seus utentes, residentes ou não, o que é uma mais valia na panóplia dos transportes de e para Vila real por via aérea.
Como aproximar da época alta e já em plena Primavera, o Turismo da Região Transmontana e Duriense começa a aparecer com grande força, há mesmo quem afirme que de certo modo ultrapassa o Algarve dada a genuidade do que e oferecido, não só em termos gastronomicos, mas também por ser diferente com o rio Douro e comandar as operações.
De facto os 60 minutos de vôo entre Tires-Cascais e Vila Real, passam-se rapidamente sem problemas , com todos os procedimentos de embarque e desembarque, bem como os horários e atendimento eficaz e saudável criaram ao longo do tempo de existencias das carreiras aereas em causa uma enorme confiança neste meio de transporte.
O preço que está estipulado talvez pudesse ser reduzido seguindo-se o exemplo do que a Sata - companhia aerea dos Açores já faz, concedendo viagens de ida e volta nos seus aviões Bombardier por 65 euros de ida e volta.
Tudo isto nos Açores só aconteceu quando o actual Presidente do Governo Regional, com o seu sentido de liderança, soube tirar a Sata da desorganização que estava a acontecer, por herança do anterior Governo regional Socialista, que só olhava para a ilha de S.Miguel esquecendo-se das outras oito ilhas.
È assim, na politica e na vida, é preciso boa vontade e sentido de servir todos e não só alguns.
A titulo de curiosidade estivemos na ilha de S. Miguel de 12 a 18 de Março do ano em curso, 1 semana mais propriamente em Ponta Delgada.
Ficamos impressionados com tudo na capital dos Açores, mas reparamos que o micaelense tem as seguintes caracteristicas:
Aprumado, asseado, gosta de sua terra, acompanha evolução em curso, educado, e solidário, não buzina nas filas de automóveis, cumpre o código da estrada em coerência. É um Senhor.
Finalmente nós que vivemos na ilha terceira 7 anos seguidos, gostamos tanto dos Açores que todos os anos damos uma saltada ás Lages para rever os meus grandes amigos, que estão sempre a nossa espera de braços abertos. Agora passaremos também a ir a Ponta Delgada.
Ficamos terrivelmente bem impressionados pelo exemplo do modus Vivendi da cidade e arredores.
Continuem e Deus e o senhor Cristo há-de estar presente em vós, porque merecem. Até sempre

O grande dramaturgo Samuel Becket, em sua peça “Espera de Godot” apresenta-nos uma estrada, onde junto uma árvore, duas pessoas com aspecto de não terem eira nem beira, se entretêm com jogos , rindo e chorando, discutindo tudo desde um par de botas ao evangelho, o suicidio ….
Aguardam por alguém que não chega, que nunca chega Godot, personagem mistério, em que o autor Beckett concentra a mensagem: mais do que aquilo que esperamos, o mais importante é o que acontece enquanto esperamos.
Com esta peça do dramaturgo irlandês, pretendo fazer um paralelismo com a actual politica com remodulações do actual Governo no seio do partido que suporta este Executivo.
Ainda e no desenrolar da peça de beckett, no seu grande final, aparece um garoto, anunciando novamente que Godot não virá… talvez amanhã.
E evidente que não podemos estar eternamente à espera de Godot.
O País precisa de reformas profundas, tornando o executivo mais ágil, mais um, mais coerente e desde logo, também menos disperso.
É preciso atacar as dificuldades de algumas pistas e resolvê-las.
Dar conta das folhas, pensar maduramente neles e saber como se remedeiam.
Adiar a acção e estar á espera de Godot que, como nunca chega- permite imaginar e discutir reformas que também nunca chegam.
Esperemos que o que faltachegue rapidamente.
O momento presente do País nas mais variadas sectores precisa de acções e não de promessas que antecipadamente continuam sem solução prática.
E esta a ctual realidade que tem de ser combatida, sem hesitações nem desfalecimentos. Fogo à peça.

Edição
3882

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