Concatedral acolhe em novembro Cimeira Internacional de Música Sacra

A cidade de Miranda do Douro, na diocese de Bragança-Miranda, vai acolher em novembro uma Cimeira Internacional de Música Sacra que vai juntar vários músicos e compositores de renome internacional vindos um pouco de toda a Europa.

“Este será uma iniciativa internacional reformista de grande relevância histórica, que trará a Miranda diversos compositores e músicos de renome internacional, assim como distintas personalidades da área política, económica, musical e eclesiástica - oriundas de Espanha, França, Itália, Portugal, Inglaterra e Alemanha”, explicou a presidente da câmara, Helena Barril, numa conferência de imprensa de apresentação do evento, que decorreu naquela cidade do Planalto Mirandês.

Para esta Cimeira Internacional da Música espera-se delinear algumas perspetivas para o século XXI e foram anunciadas as presenças do monsenhor Vicenzo di Gregorio, presidente do Instituto Pontifício de Música Sacra, Roma. Martin Baker, diretor de Música na Catedral de Westminster, Londres (Inglaterra) e de Francisco Puerto, diretor do Coro da Universidade Pontifícia de Salamanca (Espanha).

“Está perspetivada uma grande cimeira de renome internacional e que vai colocar o Nordeste Transmontano no mapa dos grandes acontecimentos da música sacra”, explicou a autarca.

Helena Barril disse que este evento internacional resulta do trabalho da Casa da Música de Miranda do Douro, com o apoio do município, da diocese de Bragança-Miranda e acontece de 11 a 13 de novembro de 2022.

Por seu lado, Rui Valdemar, um dos mentores deste projeto, disse que o papel que a música sacra teve ao longo de dois séculos em Miranda, altura em que era sede da diocese, motivou a escolha do local para esta Cimeira.

“Miranda do Douro foi sede da diocese, que agora partilha com Bragança. Esta cidade tem uma catedral quinhentista, na qual a música sacra foi, durante dois séculos, vital e foi ricamente desenvolvida neste espaço”, disse o especialista em música sacra.

De acordo com Rui Valdemar, o interior do país não está habituado a receber este tipo de eventos e especialmente estes, ligados à música sacra.

“O facto de trazermos algumas personalidades de relevo internacional, ainda por cima uma cimeira que pretende ser reformista e de papel ativo na transição que se quer fazer da música sacra, parece-me que é um papel muito importante que o interior assume, colocando-nos um passo à frente”, frisou.

Por seu lado, Monsenhor Adelino Paes, Administrador Diocesano de Bragança-Miranda (que se encontra em sede vacante desde a tomada de posse do anterior bispo, D. José Cordeiro, como Arcebispo de Braga, em fevereiro), referiu que a iniciativa “pode contribuir para unir os dois pontos da diocese”.

“A diocese olha para este evento com muita esperança porque a música sacra é um valor inestimável que nós não podemos esquecer. A música sacra, toda a música, toca o divino e o divino toca a música. É uma iniciativa que não podemos deixar de apoiar. A aproximação de Bragança e Miranda é importante”, concretizou o Administrador Diocesano.

Os envolvidos neste projeto deixaram a garantia de que se trata de um grande desafio para toda a região transmontana, executar uma conferência desta dimensão.