Igreja

Conclave 2025: Fumo branco no Vaticano

Publicado por Ecclesia em Qui, 05/08/2025 - 17:32

Os 133 cardeais reunidos em Conclave no Vaticano acabam de eleger um novo Papa, como indica o fumo branco que saiu da chaminé colocada sobre a Capela Sistina, pelas 18h08 locais (menos uma em Lisboa)

O sucessor de Francisco, falecido a 21 de abril, foi eleito no segundo dia da reunião eleitoral iniciada esta quarta-feira, após três sessões de votos: uma na tarde de 7 de maio, uma na manhã de hoje e outra ao final da tarde.

Os sinos da Basílica de São Pedro acompanharam a ‘fumata’, ao som das palmas das pessoas que enchem a Praça de São Pedro, à espera do anúncio ‘habemus Papam’.

Em 2013, o Papa Francisco apareceu na varanda da Basílica de São Pedro pelas 20h22 locais, uma hora e 15 minutos depois do fumo branco.

O eleito pelos cardeais no Conclave que se iniciou na quarta-feira vai surgir perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro.

Nesse momento, será anunciado aos fiéis de todo o mundo o nome do novo Papa.

O anúncio oficial, em latim, vai ser feito pelo cardeal protodiácono, D. Dominique Mamberti: ‘Annuntio vobis gaudium magnum; habemus Papam: Emminentissimum ac Reverendissimum Dominum, Dominum …, Sanctae Romanae Ecclesiae Cardinalem…, qui sibi nomen imposuit … (Anuncio-vos uma grande alegria, temos Papa: o eminentíssimo e reverendíssimo senhor …, cardeal da Santa Igreja Romana…, que escolheu o nome ….)’.

Pouco depois, o próprio Papa, com as vestes pontifícias, aparece ao balcão da Basílica do Vaticano, para uma saudação e a bênção.

A bênção ‘urbi et orbi’ (à cidade [de Roma] e ao mundo), desde a varanda central da Basílica de São Pedro, é o primeiro ato público previsto para o novo Papa, após a sua eleição.

Desde 2013, o Conclave tem uma novidade relativamente aos seus atos finais: após a eleição, há um momento de oração e o novo Papa vai rezar em privado, na Capela Paulina, antes de saudar os fiéis.

A eleição implica uma maioria de dois terços dos votos: o candidato eleito é questionado pelo cardeal que preside ao ato eleitoral, em latim, para saber se aceita esta decisão (‘Acceptasne eletionem de te canonice factam in Summum Pontificem?’) e qual o nome que vai escolher (‘Quo nomine vis vocari?’).

O mestre das cerimónias litúrgicas. D. Diego Ravelli, é chamado, desempenhando funções de notário, e redige um documento de aceitação perante dois cerimoniários (assistentes) que entram e servem de testemunhas.

Este documento entra em vigor imediatamente depois da sua publicação no jornal do Vaticano, ‘L’Osservatore Romano’, por determinação de Bento XVI.

Após a aceitação, o novo Papa vai até à chamada ‘sala das lágrimas’ (a sacristia da Capela Sistina), para vestir a batina branca (preparadas em três tamanhos) e as vestes próprias, regressando para ocupar o lugar de presidência.

Nesta altura é lida uma passagem do Evangelho ligada à figura do Papa, com uma breve oração, e os cardeais prestam homenagem e apresentam a sua obediência ao novo pontífice.

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