Primeira Gala da Castanha vai realizar-se no Porto para promover um dos mais importantes produtos agrícolas nacionais

O Centro de Congressos da Alfândega do Porto vai receber no próximo sábado a I Gala da Castanha, para promover e celebrar um dos maiores símbolos da tradição agrícola nacional e, em simultâneo, reunir produtores, empresários, artesãos, gastrónomos, investigadores e demais interessados nesta produção, das mais representativas da Terra Fria Transmontana, de onde sai 50% da colheita nacional.
No evento vão ser entregues prémios para os finalistas das categorias com intervenção na fileira, nas áreas de comunicação, cultura, inovação agroalimentar, gastronomia e governança. “É um galardão, uma castanha em filigrana, apenas para distinguir e gerar um momento de confraternização e de divulgação para os apaixonados pelo setor da castanha”, adiantou Alcino Pires, presidente Associação Portuguesa da Castanha (REFCAST), durante a apresentação da iniciativa, na passada segunda-feira, na Sortegel-Produtos Congelados S.A.
A organização da Gala da Castanha está a cargo da REFCAST em parceria com os municípios e outras entidades. “Queremos transmitir aos mais novos o interesse por esta fileira e o gosto pela castanha”, sublinhou Alcino Pires indicando que “os jovens não sabem comer castanhas da mesma forma, nem percebem a importância do setor nas regiões onde é cultura, por exemplo na Terra Fria e nas zonas de montanha, pois é o principal rendimento dos agricultores”.
Durante o evento, que visa posicionar a castanha como uma das culturas agrícolas com maior potencial de crescimento no país, "serão reconhecidos os projetos que estão a transformar a castanha portuguesa nos domínios da comunicação, cultura, inovação agroalimentar, gastronomia e governança”, acrescentou. Na apresentação pública da gala, esteve presente o Chef Óscar Geadas, que mostrou a valorização da castanha e de seus produtos transformados em entradas e doçaria. “É um fruto muito versátil. Tanto dá para trabalhar com doces como com salgados. Por exemplo, servir como um snack, em vez de colocarmos uns amendoins num bar, devíamos pôr uma castanha frita. Devíamos olhar para a castanha como um produto português. Pode-se fazer sopas, acompanhamentos para mariscos, peixes ou carnes, e sobremesas”, explicou Óscar Geadas.