Bragança

Teatro Nacional Dona Maria II estreou peça em Bragança

Publicado por Glória Lopes em Qui, 2023-03-16 10:19

O Teatro Municipal de Bragança (TMB) recebeu a estreia nacional da peça O Misantropo, com texto da autoria de Martins Sousa Tavares e Hugo Van Der Ding, que a reescreveram a partir do original de Moliére. “É uma honra enorme receber aqui a estreia. Eles reescreveram o texto a partir do clássico de Moliére, ao qual deram uma nova roupagem de modernidade”, referiu Cristiano Cunha, diretor do TMB.
A apresentação oficial do livro aconteceu também na cidade transmontana e contou com a presença de Hugo Van Der Ding, no âmbito da iniciativa Odisseia Nacional, que incluiu uma formação nas escolas “para trabalhar com os alunos e com os grupos de teatro”, acrescentou Cristiano Cunha.
O TMB tem colaborado com o Teatro Nacional Dona Maria II, primeiro através da rede Eunice Ageas e agora com a Odisseia Nacional, que anda em itinerância pelo país.
O Misantropo é uma comédia de costumes da autoria do dramaturgo francês Molière, criada em 1666. É uma paródia de um personagem de princípios rígidos que não considera ninguém digno de comparar-se com ele e sua verdadeira natureza. Ora, Hugo Van Der Ding e Martin Sousa Tavares partiram deste original e deram-lhe uma nova roupagem mais consentânea com a atualidade. Hugo esteve em Bragança e explicou ao Mensageiro que o convite para reescrever a peça partiu do diretor do Dona Maria II, Pedro Penim, com o objetivo de fazer uma tradução livre do francês. “Nós olhamos para a peça original e achamos que valia a pena fazer justiça ao Moliére, fazendo com que ainda tivesse graça. O que não é fácil ao fim destes séculos todos e manter o texto original. Não só transpusemos isso para a realidade mais portuguesa, ainda que realidade contemporânea da peça escrita na altura da corte do rei D. João V e para graças com o mesmo universo aristocrático do Moliére. De forma a que nos identificássemos todos, com características que ainda são da sociedade portuguesa”, explicou Hugo van Der Ding. Atualizaram o texto, mas mantendo-o na mesma época. “A peça original é em verso e nós fizemos uma coisa mais atual que foi trazê-lo para realidade mais portuguesa”, acrescentou.

Assinaturas MDB