A opinião de ...

NÃO aos totalitarismos – SIM à Liberdade! 2

Uma das grandes conquistas da nossa civilização ocidental é a da liberdade e da sua afirmação. Poder ser livre no que se pensa, poder exprimi-lo e deixá-lo exprimir ao outro. Contudo, o politicamente correcto e a militância pelas correntes da moda estão a fazer com que seja demolida esta nossa grande conquista. Nas notícias, vemos pontos de vista sem contraditório, nota-se que muitos jornalistas se coíbem de dar a palavra a quem pense diferente ou exercem de imediato um contraditório militante sobre a notícia ou sobre o entrevistado. Que é da ética e deontologia jornalísticas? E, em conversas de café ou de círculo de amigos, já tem acontecido – bastantes vezes! – alguém argumentar que “eu até tenho medo de dizer a minha ideia sobre isso e, por isso, calo-me…”.
A nossa civilização tem a sua História - que é a nossa história. Com anjos e demónios, com subidas e quedas, com guerras e períodos de paz, com um lastro de filosofia, arte e cultura que foi a que nos trouxe até aqui e hoje, e que constitui motivo de orgulho pelos nossos valores de respeito e progresso atingidos. Devemos defender estes valores. Promoveram a dignidade humana, permitiram o reconhecimento da mulher e do seu protagonismo, basearam na liberdade o fundamental do pensamento e acção do Homem. Estão na base da Declaração Universal dos Direitos do Homem cuja inspiração resultou do pensamento ocidental. Não devemos deixar, portanto, que ultraminorias se nos imponham na sua agenda de demolição da nossa sociedade ao mesmo tempo que exigem fruir de tudo o que esta lhes proporciona. Ultraminorias que não respeitam os direitos humanos, nem as mulheres, nem a vida humana – ou que a colocam simplesmente no mesmo patamar da vida animal, como os nazis faziam.
É na liberdade que reside a justa medida de avaliação do mérito duma medida ou acção social: estas ou aquelas medidas promovem e respeitam a liberdade? Se o não fazem, merecem que lhes resistamos. Os actos de destruição da nossa cultura são atentados à liberdade. A destruição de estátuas e monumentos, a mutilação de obras de arte, a sistemática perturbação da vida do dia-a-dia dos cidadãos comuns são exemplos premonitórios de quem quer vir a condicionar-nos na nossa liberdade de escolhas e de futuro. Os actos contra a nossa democracia, ocidental e pluralista, são atentados à liberdade. O terrorismo, o entrismo, o wokismo, todos informando e enformando práticas totalitárias, são contra a nossa liberdade. Tal como a acção totalitária e antidemocrática dos grupúsculos que, a pretexto do clima, dos animais, de causas da moda, apenas estão a usar recursos para sabotar e subverter a nossa sociedade e o modo de vida ocidental: estão a pôr em causa a nossa liberdade.
O mundo tumultuoso em que estamos exige uma grande coragem. Coragem de denúncia de fariseus; de fazer claridade sobre os falsos moralismos que chegam a impedir – pasme-se! – a publicação de temas e imagens que nos anos sessenta, setenta e oitenta serviram para formarmos consciência do mundo e da sociedade; de oferecer resistência às provocações dos activismos ocos, de combate a todos os que nos queiram tirar a liberdade.
Pugnar pela liberdade é e será a grande causa de todos nós. Que terá de ser feita no dia a dia, com atenção ao que nos cerca, com repulsa pelas palavras e pelos actos dos que no-la querem tirar. Ou todos ficaremos sem ela, o que é por demais tenebroso. Pugnemos pela Liberdade!

Edição
3961

Assinaturas MDB