Município espera parecer da ANAC para lançar projeto do aeroporto regional

A Câmara de Bragança está a aguardar o parecer da Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC) para lançar o projeto de Revisão do Plano Diretor do Aeródromo Municipal, com vista à sua ampliação e certificação para aeroporto regional, com capacidade para receber aviões comerciais com 150 lugares.
O estudo prévio, apresentado publicamente no ano passado, foi dado a conhecer à presidente da ANAC, Ana Viera da Mata, que se deslocou a Bragança na passada sexta-feira. “Primeiro subiu à aprovação na Assembleia Municipal e depois à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, que deu um parecer favorável. Agora estamos à espera da chancela da ANAC”, referiu o presidente da Câmara, Paulo Xavier, no final da apresentação do projeto.
Ana Vieira da Mata vê “com enorme satisfação o interesse de Bragança pela aviação, porque a missão da ANAC é contribuir para o desenvolvimento seguro e sustentável do setor em Portugal”.
A responsável adiantou que a ANAC “vai analisar os elementos do projeto que é bastante ambicioso”, acrescentando que se fez um ponto da situação. “Estou em crer que como está tão bem estruturado não será um tema que ofereça grande resistência”, afirmou. O município prevê um investimento total estimado em mais de 37 milhões de euros nas várias etapas necessárias para atingir a certificação como aeroporto regional. “Estas obras e este pensamento estratégico são um desafio importante. Está bem estruturado e pensado, mas agora os serviços técnicos da ANAC vão fazer a sua análise”, indicou ao Mensageiro Ana Vieira da Mata.
O projeto para concretizar entre 2025 e 2034, é considerado “determinante” para o desenvolvimento da região pele autarca.
Ainda este verão, o município vai avançar com a repavimentação da atual pista, com 1700 metros, que deverá ser depois ampliada para permitir a aterragem de aviões de maior dimensão. No futuro a aerogare atual, que é pequena e origina constrangimentos quando há mais de 10 passageiros, precisa de ser revista e ampliada.
O plano aponta a criação de mais espaço de aparcamento de aviões, bem como outras infraestruturas necessárias, como taxiway e novos acessos. “As oito fases projetadas, podem custar entre 37 a 40 milhões, mas agora o importante é lançar o projeto, sem ele nada feito. Só o projeto deverá custar cerca de um milhão de euros”, referiu o autarca que diz que há escolas e empresas ligadas à aviação, como uma de reparação e manutenção de motores, que se querem instalar-se em Bragança. “Não podem, porque não sabemos onde os podemos colocar, sem a revisão do PDM do aeródromo”, afirmou o autarca.