Praia da Fraga da Pegada reabre a banhos após contra-análise negativa

A praia da Fraga da Pegada, no Azibo, já reabriu aos banhistas depois de estar interdita desde a passada quarta-feira em virtude de uma análise positiva a uma bactéria.
No entanto, esta segunda-feira a Câmara de Macedo de Cavaleiros anunciou que a contra-análise foi negativa pelo que acabou por ditar o levantamento da interdição a banhos naquela estância balnear.
O presidente da Câmara macedense, Benjamim Rodrigues, considera que se tratou de um “erro técnico”.
“Não é uma situação nova. Já no ano passado passámos por uma circunstância idêntica e isto cria problemas graves aos banhistas, aos turistas e aos comerciantes da região e deixa um dano reputacional para as nossas praias - que são de excelência - difícil de apagar”, considerou Benjamim Rodrigues, esta segunda-feira, em conferência de imprensa, garantindo que está disposto a levar o assunto até às últimas consequências.
“Alguém vai ter de assumir responsabilidades por estes erros, recorrentes. Não podemos admitir que, depois de tanto esforço feito para manter a qualidade das nossas praias, erros que não são da nossa responsabilidade venham a pôr em causa a justa perceção de que temos das melhores praias fluviais do país”, frisou.
De acordo com a autarquia, a interdição a banhos, num fim-de-semana de altas temperaturas levou a que a afluência de banhistas fosse muito reduzida – “cenário totalmente oposto ao que costuma a acontecer com este tipo de condições climatéricas”. Os comerciantes locais queixam-se de prejuízos elevados e na mira da autarquia estão o procedimento de recolha das amostras para análise e a Agência Portuguesa do Ambiente.
Benjamim Rodrigues lembra que esta é uma situação que se repete e é em tudo idêntica ao que aconteceu no ano transato, também aí já com prejuízos para a atividade económica e para a notoriedade das praias.
“Pelo que constatámos no terreno, os comerciantes estão a trabalhar a 30% do que seria normal, devido à interdição, que se provou completamente desnecessária e equívoca. E há, inclusive, relatos de turistas que cancelaram estadias na nossa região por causa desta situação”, revela o autarca.