A opinião de ...

A face (mais) negra da invasão da Ucrânia - 2

“Dois milhões de crianças abandonaram a Ucrânia devida à guerra”
“Mães ucranianas escrevem nas costas dos seus filhos pedindo que sejam ajudados caso fiquem sozinhos”
“Foi assustador levantar-me de noite para proteger com o meu corpo o meu filho de sete anos, para que, se acontecesse alguma coisa, me acontecesse a mim e não a ele”
“Na Ucrânia já morreram mais de 1 800 civis e 180 crianças”
“Mais de 1200 corpos descobertos nos arredores de Kiev depois da saída dos russos, muitos dos quais eram de crianças”
Perante tantas notícias como estas acima transcritas, que com a frieza e a crueldade dos números, nos vão dando a ideia da dimensão do genocídio que está em marcha na Ucrânia, não resisti à necessidade de abordar de novo esta invasão selvagem lançada pela Rússia sobre a Ucrânia, com especial enfoque nas consequências demolidoras desta guerra, tanto no presente como no futuro, especialmente nos milhares de crianças que ficarão condenadas a conviver com os horrores desta guerra sem sentido fruto da ambição e da ganância desse crápula bárbaro chamado Putin e da poderosa e cinzenta camarilha de abutres necrófilos seus indefetíveis colaboradores, que o bajulam, o protegem, (vamos ver até quando) e defendem e como ele também detentores de fortunas faraónicas, conseguidas à custa da apropriação dos valiosos espólios das muitas invasões por eles realizadas durante mais de um século.
Lamentavelmente, porque as consequências desta guerra, materiais, sociais, psicológicas, afetivas, morais e outras, serão duma tal dimensão que, se não for rapidamente controlada, toda a humanidade poderá ser a vitima final das suas próprias contradições, correndo o risco de assistir à destruição de séculos de prosperidade e de progresso e ter de aguardar anos sem fim para ver recuperado o que for possível recuperar da devastação, sem esquecer que:
São aos milhões os empregos perdidos e os bens pilhados ou destruídos para sempre;
Não têm conta as famílias desmembradas em riso de nunca mais se reorganizarem;
É astronómico o número de pessoas que o medo empurrou para longe das suas casas e das suas famílias , sem saberem se algum dia poderão refazer as suas vidas;
Há milhões de idosos aos quais roubaram a esperança de um fim de vida feliz;
Há milhões de doentes a sofrer e a morrer por falta de assistência médica;
Há milhões de crianças inocentes às quais esta barbárie roubou o direito de serem crianças, de sorrir, brincar e ser felizes, arrancou do aconchego dos seus lares e do carinho das suas famílias que a necessidade de se sentirem seguras obrigou a fugir para um mundo que nunca fora o seu e a conviver com pessoas de diferentes línguas e costumes, muitas das quais carregarão para o resto das suas vidas os traumas, difíceis de ultrapassar, provocados pelas imagens aterradoras de destruição e de morte com que foram obrigadas a conviver, cujos fantasmas e incertezas continuarão a atormenta-las para o resto das suas vidas.

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3879

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