Alimentação são os pedidos que mais chegam à Cruz Vermelha

Ajuda com alimentação são os pedidos que mais chegam à delegação de Bragança da Cruz Vermelha, cuja nova direção, encabeçada pela macedense Patrícia Fernandes, tomou posse na segunda-feira.

Tem havido um aumento dos pedidos de ajuda, sim, sem dúvida. Na semana passada, tínhamos o armazém vazio porque os pedidos têm sido constantes”, sublinhou esta Assistente Social.

“As pessoas pedem alimentos, roupas. Temos algumas solicitações para medicamentos”, explicou.

De acordo com a nova presidente da Delegação de Bragança da Cruz Vermelha, que substituiu no cargo o médico Duarte Soares, que se demitiu após ter sido nomeado diretor clínico da ULS Nordeste, muitos dos pedidos de ajuda proveem de “estudantes do Instituto Politécnico de Bragança”, que já estão na região há algum tempo mas cujas condições se deterioraram com a subida dos custos de vida.

Patrícia Fernandes, que começa agora um mandato de quatro anos, admite “algumas dificuldades” na capacidade de resposta da instituição. “Vamos fazer uma recolha de alimentos no final de outubro. O que nos falta é, sobretudo, alimentos.

Chegam-nos alguns pedidos das aldeias, mas menos”, frisou.

Patrícia Fernandes transita da anterior direção.

O principal objetivo para este novo mandato passa por estabilizar a delegação.

“O desafio é consolidar o trabalho que foi feito até ao momento. A delegação teve um grande crescimento durante estes últimos anos. Quando acontece muito rapidamente traz alguns problemas e é preciso, agora, com calma, ver quais são esses problemas e resolvê-los.

Neste momento, o maior desafio é mantermos o corpo de funcionários que temos (6). A maior parte estão alocados a projetos e temos de arranjar financiamento para os manter”, sublinhou.

Para o delegado regional da Cruz Vermelha, Jorge Nunes, a nova direção deverá encetar um trabalho “de continuidade”. “Há elementos novos na equipa, outros mantêm-se. Têm a experiência do excelente trabalho que foi feito para o reerguer da delegação, com novos projetos.

Uma nova direção terá, naturalmente, a ambição de fazer ajustamentos nos projetos e incluir outros, sendo certo que, nas delegações, a função é assegurar resposta de nível social e humanitário junto de pessoas mais frágeis, não é inventar soluções.

Há respostas que estão estruturadas, que vão ser desenvolvidas, e pode surgir uma ou outra resposta nova no sentido de assegurar uma maior sustentabilidade administrativa e financeira à delegação”, disse o antigo presidente da Câmara de Bragança.

No distrito, a Cruz Vermelha está presente em seis dos 12 concelhos, nomeadamente em Bragança, Vinhais, Mirandela, Alfândega da Fé, Miranda do Douro e Mogadouro.
Melanie Reimão (psicóloga), Lino Olmo (economista), Eliana Rocha (enfermeira), Ana Rita Teixeira (enfermeira) e Alex Rodrigues (engenheiro) são os restantes elementos da direção.