Mirandela

Hospital admite negligência médica

Publicado por Fernando Pires em Qui, 2015-04-02 18:02

A Unidade Local de Saúde do Nordeste (ULSNE) concluiu que houve negligência na assistência médica a uma mulher de 69 anos, na urgência do hospital de Mirandela, que veio a morrer uma semana depois, na unidade hospitalar de Vila Real.
O inquérito interno apurou que a conduta do médico “comporta grau de censurabilidade revelador de falta de cuidado e diligência”.
O caso remonta a 7 de Janeiro. Maria Elisa, deslocou-se à urgência do hospital de Mirandela com dores no peito e nas costas, mas o médico de serviço viria a dar-lhe alta, após receitar um anti-inflamatório e um paracetamol para as dores.
Algumas horas depois, voltou a sentir dores no peito e com vontade de vomitar e foi transportada ao hospital privado, onde lhe diagnosticaram uma veia coronária entupida que necessitava de intervenção urgente, tendo sido transportada para a unidade de Vila Real, onde detetaram graves sequelas resultantes do episódio de enfarte não diagnosticado anteriormente, vindo a falecer.
Os dez filhos avançaram com uma queixa na ULSNE que agora deu a conhecer as conclusões.
No entanto, “dado a inexistência de vínculo laboral entre a ULSNE e o visado é de todo inexequível deduzir acusação contra o mesmo”, adianta o relatório.
Atendendo à conduta daquele profissional foi já comunicado à Ordem dos Médicos (OM) para efeitos de instauração de processo disciplinar e à empresa onde o mesmo médico presta serviço.
A família já reagiu. “Foi bom o hospital dar-nos razão, mas lavou a cara, deixando a responsabilidade para outros. Com esta conclusão, a primeira coisa que a ULSNE devia ter feito era suspender o médico”, afirma Fernanda Gonçalves uma das filhas que aguarda a decisão da OM.
 

Tags

Assinaturas MDB