“Os prémios literários têm hoje um papel que vai muito além da distinção pontual de uma obra”
Henrique Manuel Pereira é natural do distrito de Bragança. Professor da Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa, é atualmente o Presidente do júri do Prémio Literário da Lusofonia Adriano Moreira.
Mensageiro de Bragança: Após já terem decorrido várias edições deste prémio literário, que balanço é que se pode fazer da iniciativa?
Henrique Manuel Pereira: Mais do que um balanço numérico, o que hoje se pode fazer é uma leitura do percurso do Prémio Literário da Lusofonia Adriano Moreira. Ao longo das suas quatro edições, o prémio afirmou-se como um espaço de encontro entre diferentes vozes do universo lusófono, mostrando que a língua portuguesa é uma realidade viva, atravessada por histórias e sensibilidades diversas. O seu impacto vê-se sobretudo na continuidade que cria: entre autores e leitores, entre países, entre tradições literárias e mesmo, sem exageros retóricos, inquietações contemporâneas. Nesse sentido, o prémio distingue obras, mas contribui sobretudo para manter um diálogo cultural ativo e com projeção no futuro.
MB.: Tem havido mais procura?
HMP.: Sim, tem-se registado um aumento consistente do interesse pelo prémio. Esse crescimento reflete-se não apenas no número de candidaturas, mas também na sua diversidade, tanto geográfica como literária. Há uma perceção crescente de que se trata de um prémio exigente, mas aberto, que valoriza a qualidade e a originalidade sem impor modelos fechados. Essa confiança acaba por atrair mais autores e reforçar a relevância do prémio no espaço lusófono.
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