Diocese

Testemunho de Fé no Jubileu das Famílias

Publicado por AGR em Qui, 05/29/2025 - 10:52

Foi um autêntico testemunho de fé aquele se viveu domingo, com o Jubileu das Famílias, na Catedral, em Bragança.

“A Pastoral Familiar é a ação gradual, eficaz e orgânica da Igreja em favor da família. Nesta ação, a família (e a comunidade cristã em geral) é não só objeto e finalidade, mas também e sobretudo sujeito ativo e responsável”, tinha frisado já o bispo de Bragança-Miranda, D. Nuno Almeida, na constituição do Conselho Diocesano da Pastoral Familiar. 

De acordo com o prelado, “a ação da Pastoral Familiar destina-se a todas as famílias e a todas as situações familiares, para as ajudar e servir”. O bispo de Bragança-Miranda frisou que “todos são convidados a ser agentes, em primeiro lugar, cada família, cuja missão é insubstituível”. 

D. Nuno Almeida terminou indicando que, “para que floresça e cresça a esperança nas nossas famílias”, há “quatro passos de esperança: aprofundar as razões da nossa fé; melhorar os nossos relacionamentos na família e na sociedade; cuidarmos uns dos outros a começar pelos mais frágeis e buscar sempre a beleza como reflexo do amor de Deus, cultivando a contemplação”.

Reunião

Intervenção completa de D. Nuno Almeida:

JUBILEU DAS FAMÍLIAS

Floresça e cresça a esperança nas nossas famílias!

 

Boas-vindas a todos!

Que grande alegria este dia!

Bem hajam a todos os presentes, especialmente aos casais aniversariantes a quem saúdo!

Obrigado ao Dr. Jorge Novo e equipa do Secretariado Diocesano que promove a celebração do Jubileu das Famílias.

Muito obrigado à Fundação Betânia que nos acolhe.

Agradeço aos casais e assistentes que aceitaram fazer parte das Equipas Arciprestais de Pastoral Familiar. É motivo de grande esperança. Assim, não participamos somente num evento, mas abrimos um caminho sinodal!

 

 

1.A Pastoral Familiar é toda a ação ou intervenção que se realiza na Igreja, com a Igreja e em Igreja em favor da família, enquanto comunidade base da Igreja e célula da sociedade, acompanhando-a passo a passo nas diversas etapas da sua formação e desenvolvimento, através das suas estruturas e dos seus responsáveis e agentes, de forma organizada e planeada e com metodologia própria. No seguimento do que afirma o Papa Francisco na Exortação Apostólica Amoris Laetitia (AL), esta é, em primeiro lugar “uma proposta para as famílias cristãs, que as estimule a apreciar os dons do matrimónio e da família e a manter um amor forte cheio de valores como a generosidade, o compromisso, a fidelidade e a paciência; em segundo lugar, porque se propõe encorajar todos a serem sinais de misericórdia e proximidade para a vida familiar, onde esta não se realiza perfeitamente ou não se desenrole em paz e alegria” (Papa Francisco, AL, 5).

 

«A Pastoral Familiar deve fazer experimentar que o Evangelho da família é resposta às expectativas mais profundas da pessoa humana: a sua dignidade e plena realização na reciprocidade, na comunhão e na fecundidade. Não se trata apenas de apresentar normas, mas de propor valores, correspondendo à necessidade deles que se constata hoje, mesmo nos países mais secularizados». Papa Francisco, in Amoris Laetitia, nº 230

 

Deste modo, a Pastoral Familiar é a ação gradual, eficaz e orgânica da Igreja em favor da família. Nesta ação, a família (e a comunidade cristã em geral) é não só objeto e finalidade, mas também e sobretudo sujeito ativo e responsável.

 

2.Destinatários. A ação da Pastoral Familiar destina-se a todas as famílias e a todas as situações familiares, para as ajudar e servir.

 

3.Agentes da Pastoral Familiar. Todos são convidados a ser agentes, em primeiro lugar, cada família, cuja missão é insubstituível. São também agentes os Bispos, os Sacerdotes, os leigos especializados e os representantes dos Serviços Diocesanos, Movimentos ou Institutos Familiares. Importante o Conselho Diocesano da Pastoral Familiar e o Secretariado Diocesano da Pastoral Familiar.

 

4.Objetivos da Pastoral Familiar Diocesana. Sabemos que, “à luz da parábola do semeador (Mt 13, 3-9) – como afirma o Papa Francisco – a nossa tarefa consiste em cooperar na sementeira: o resto é obra de Deus.” Mas “não basta inserir uma genérica preocupação pela família nos grandes projetos pastorais. Para que as famílias possam ser sujeitos cada vez mais ativos da Pastoral Familiar, ‘requer-se um esforço evangelizador e catequético dirigido à família’ (Relatio Finalis do Sínodo dos Bisposde 2015, 26) que a oriente nesta direção” (AL 200). Deste modo, tendo como perspetiva de fundo que as famílias se tornem cada vez mais elas mesmas sujeitos ativos (e não só recetores) da Pastoral Familiar, e trabalhando sempre em articulação com os responsáveis pela Diocese, o Secretariado Diocesano da Pastoral Familiar propõe-se atingir os seguintes objetivos:

• Fomentar o anúncio do Evangelho, do Matrimónio e da Família.

• Assegurar a articulação diocesana da ação Pastoral Familiar a desenvolver pelas diversas equipas arciprestais e paroquiais, bem como pelos movimentos da Diocese. • Incentivar e apoiar a formação de equipas arciprestais e paroquiais de Pastoral Familiar.

• Realizar ações de formação pessoal, familiar, social, antropológica e teológica, a nível diocesana (Jornada anual da Pastoral Família).

• Promover a formação de agentes da Pastoral Familiar na Diocese.

• Dinamizar a criação de estruturas diocesanas e/ou paroquiais de acolhimento dos jovens casais.

• Assegurar a ligação com os demais órgãos diocesanos da Pastoral Familiar.

• Coordenar e otimizar a ação dos diferentes movimentos de espiritualidade familiar, no respeito pela sua especificidade.

•Acompanhar a vida e problemática de todas as famílias para além do seu enquadramento nos esquemas tradicionais da Igreja.

• Organizar, na Diocese, uma reflexão profunda sobre o que é a Família à luz da Doutrina Cristã e dos documentos do Magistério da Igreja.

• Animar a Pastoral Familiar na Diocese de Bragança-Miranda em três níveis:

 

a)Pré-Matrimonial: a educação das crianças, dos adolescentes e jovens para a vida e para o amor. A fase remota, tem em vista, principalmente os valores familiares e o crescimento integral dos seus membros; a fase próxima, como preparação mais próxima para o matrimónio; a fase imediata, imediatamente antes do matrimónio; celebração do matrimónio.

“Os noivos deveriam ser incentivados e ajudados a poderem expressar o que cada um espera dum eventual matrimónio, a sua maneira de entender o que é o amor e o compromisso, aquilo que se deseja do outro, o tipo de vida em comum que se quer projetar. Estes diálogos podem ajudar a ver que, na realidade, os pontos de contacto são escassos e que a mera atração mútua não será suficiente para sustentar a união” (AL 209). A decisão de se casar e de aceitar partilhar a vida inteira com outra pessoa também “implica aceitar com vontade firme a possibilidade de enfrentar algumas renúncias, momentos difíceis e situações de conflito, e a sólida decisão de preparar-se para isso” (AL 210).

 

Assim, uma apropriada preparação para o matrimónio deveria conduzir os noivos a: a) saber ler e avaliar a maturidade afetiva, psicológica e espiritual, própria e do outro; b) saber ler e avaliar a própria relação, nos seus pontos fortes e nos seus pontos fracos, bem como prever possíveis potencialidades e consequências decorrentes, respetivamente, desses pontos fortes e pontos fracos;

c) delinear um projeto de vida familiar: princípios orientadores, valores “inegociáveis” e metas a alcançar enquanto família;

d) uma metodologia para uma maior maturidade familiar: momentos de paragem para avaliar e lançar para o futuro. Só assim é possível “detetar os sinais de perigo que poderá apresentar a relação, para se encontrar os meios que permitam enfrentá-los com bom êxito” (AL 210);

e) elaborar “estratégias” de gestão e superação de conflitos;

f) descobrir a comunidade cristã como lugar onde a família se pode pôr ao serviço dos outros, onde pode procurar ajuda para as suas necessidades e crises, e onde a celebração das diferentes ocasiões familiares e comunitárias ganham profundo sentido;

g) clarificar a doutrina da Igreja sobre o sacramento: as propriedades e os fins próprios do matrimónio, nomeadamente o que significa o vínculo de unidade indissolúvel, bem como as condições sine qua non para a validade do sacramento,

i. e., liberdade, fidelidade e fecundidade.

 

Finalmente, deve-se sublinhar o carácter gradual e crescente do matrimónio. A celebração do matrimónio não é uma meta, mas um ponto de partida: que “os noivos não considerem o matrimónio como o fim do caminho, mas o assumam como uma vocação que os lança para diante, com a decisão firme e realista de atravessarem juntos todas as provações e momentos difíceis” (AL 211).

 

b. Pós-Matrimonial: recém-casados; grupos de famílias; famílias que pedem o Batismo / Confirmação / Eucaristia para os seus filhos; aconselhamento conjugal; famílias em luto; assistência espiritual a pessoas com deficiência; viúvos e idosos. Além disso, e interpelada pela situação atual de muitas famílias, a Diocese deverá criar um serviço de apoio às famílias, nomeadamente, àquelas que se encontram em situação vulnerável. Assim, o designado Serviço Diocesano de Acolhimento e Apoio Familiar é promovido no âmbito do Secretariado Diocesano da Pastoral Familiar e pretende ser um espaço multidisciplinar de atenção integral aos problemas familiares em todas as dimensões, à luz da antropologia cristã e da verdade sobre o matrimónio e a família.

 

c.Situações Especiais: cristãos divorciados, separados, em união de facto; famílias monoparentais; famílias de emigrantes/imigrantes; impossibilitados de receber o Sacramento do Matrimónio, etc.

 

5.Iniciativas regulares a promover pelo Secretariado da Pastoral Familiar – Promover reuniões do Conselho Diocesano da Pastoral Familiar.

– Promover reuniões com as Equipas Arciprestais e com os Movimentos.

– Organizar o Dia Diocesano da Família e celebração de Bodas Matrimoniais.

– Suscitar a reflexão em torno da Semana da Vida.

– Incrementar a organização periódica de Encontros de Namorados.

– Fomentar a realização de Cursos de Preparação para o Matrimónio (3 CPM)

– Coordenar e animar a realização de Ações de Formação (Jornada anual da Pastoral Familiar).

 

6.Estruturas

 

O Conselho Arquidiocesano da Pastoral Familiar é o órgão Diocesano que exprime a comunhão de todos os que trabalham ao serviço da Família. Integram o Conselho Arquidiocesano da Pastoral Familiar:

• Membros do Secretariado Diocesano da Família;

• Responsáveis de cada um dos Movimentos Familiares

• Assistentes de cada um dos Movimentos

• Equipas Arciprestais;

• Assistentes Arciprestais

 

Secretariado Diocesano da Pastoral Familiar … .

 

A Equipa Arciprestal da Pastoral Familiar ou a Equipa de Zona da Pastoral Familiar é constituída por um representante de cada Equipa Paroquial de Pastoral Familiar e por representantes convidados dos Movimentos locais da Pastoral Familiar existentes no Arciprestado e assistida pelo Delegado Arciprestal ou de Zona da Pastoral Familiar.

Objetivos específicos das Equipas Arciprestais:

• Agir em ligação com o Departamento Diocesano da Pastoral Familiar e com os demais Órgãos Diocesanos da Pastoral Familiar.

• Participar nas atividades sugeridas pelo Programa Anual da Pastoral Familiar Arquidiocesana.

• Coordenar a ação pastoral a desenvolver pelas diversas Equipas Paroquiais da

Pastoral Familiar do respetivo Arciprestado ou Zona.

•Definir os objetivos que, sendo gerais ou comuns, requeiram a utilização de meios ou processos a nível arciprestal.

• Promover, em conjugação de esforços com a Equipa Diocesana, a realização de ações de formação pessoal, familiar, social, antropológica e teológica, a nível arciprestal.

• Promover a criação e/ou incentivar o funciona mento de Escolas Arciprestais de formação de agentes da Pastoral Familiar.

• Dinamizar a criação de estruturas Arciprestais ou de Zona e/ou paroquiais de acolhimento dos jovens casais.

 

 

 

 

 

Para que floresça e cresça a esperança nas nossas famílias!

Quatro passos de esperança:

1.Aprofundar as razões da nossa fé

2.Melhorar os nossos relacionamentos na família e na sociedade

3.Cuidarmos uns dos outros a começar pelos mais frágeis

4.Buscar sempre a beleza como reflexo do amor de Deus, cultivando a contemplação.

 

Atenção, amor, anúncio e acompanhamento das nossas famílias.

Que floresça e cresça a esperança nas nossas famílias!

 

Assinaturas MDB