Ter vergonha na cara, fica bem e custa pouco!
Goste-se ou não, concorde-se ou não, só por manifesta má fé, condenável sectarismo ideológico e incurável estrabismo político, tudo isto bem caldeado com doses avantajadas de estupidez e falta de bom senso, se pode negar que a recente nomeação do cidadão português Dr. António Costa para presidente do Conselho Europeu, no atual contexto geopolítico, extremamente problemático com que o mundo está confrontado, foi uma decisão importante para a União Europeia e, por arrastamento, para Portugal.
Para análise do que fica dito, sem qualquer hierarquização ou juízo de valor, cito a seguir um leque variado de opiniões de figuras destacadas do espetro político nacional, respigadas da a esmo da comunicação social dos dias que se seguiram à divulgação da eleição do Dr. António Costa para presidente do Conselho Europeu, cuja posse terá lugar em finais deste ano.
“ Esta nomeação é a garantia de que o C. Europeu fica em boas mãos e é uma magnífica decisão pra a Europa e para Portugal” (Marcelo R. De Sousa).
“A eleição do Dr. A. Costa para presidente do Conselho Europeu é um grande orgulho para Portugal.(Pedro N. Santos).
“ O Conselho Europeu tem um novo presidente. Felicito o Dr. António Costa em nome do Governo de Portugal. A Europa enfrenta grandes desafios e contamos com todos para defender uma União Europeia mais coesa, capaz de construir pontes para que os estados possam dar às pessoas as respostas que elas precisam” (Luís Montenegro).
“Politicamente é um mau dia para a Europa. Não deixo de o dizer só porque o Dr. A. Costa é português. Com ele e com Úrsula von der Leyen a Europa vai ficar pior) ”. (André Ventura”).
“É com enorme sentido de missão que assumi a responsabilidade de ser o próximo Presidente do Conselho Europeu. Agradeço aos membros do C. Europeu pela confiança que em mim depositaram, bem como ao Partido Socialista Europeu e ao Governo de Portugal pelo seu apoio nesta decisão”. (António Costa).
Pela sua oportunidade e ineditismo, termino este rol de citações, com a brilhante tirada do presidente do PS, Carlos César, a qual, vinda de quem veio, é merecedora dum pequeno reparo.
“Sublinho as capacidades políticas e diplomáticas do Dr. António Costa, o qual se junta num alto cargo internacional a outro socialista português, António Guterres.
Parabéns Portugal! O governo da AD, lá cumpriu as suas obrigações apoiando, como não podia deixar de ser, a candidatura do anterior 1º Ministro. Imagino como isso lhe deve ter custado. Contrariados, mas isto é a vida” (sic).
Não, meu caro senhor, “isto não é a vida”. A isto que o senhor escreveu, em bom português e com todas as letras, chama-se uma vergonha e uma indignidade inqualificáveis, lamento ter de o dizer, ao nível dum vulgar panfletário ressabiado de trazer por casa.