A opinião de ...

Estamos em Agosto, em pleno verão! Tempo de festas e romarias, de férias e muitas alegrias, sobretudo dos emigrantes que nos visitam com positivas energias. Com certeza que não passa despercebida a multiplicidade de cartazes e anúncios televisivos, a publicitar festas e festivais, que habitualmente acontecem nesta época do ano, não esquecendo os tradicionais arraiais. Diria, até, neste contexto, tudo demasiado concentrado. Mas os tempos são mesmo assim, de aproveitamento dos efeitos do bom tempo e do regresso temporário à terra, ou às origens. E pronto, festa é festa!... É tempo de alegria, de lazer, de animação, de religião e positiva interação.
Uma coisa é certa, todos estes eventos populares permitem-nos conhecer melhor diversas formas de ser e estar, de festejar, de viver as tradições, de praticar desporto, de contactarmos com pessoas, realidades e diversas situações. Também nos permite constatar quem ama e gosta da sua cidade, da sua aldeia, de nas atividades locais se integrar e delas partilhar, pois, como dizia Charles Chaplin: “O ser humano não morre quando deixa de viver, mas quando deixa de amar”. E quem ama a sua terra, participa, inclusivamente, nos acontecimentos festivos. Nos momentos de festa, a vida não se torna mais fácil, é certo, mas torna-se, seguramente, mais alegre, facilitando a resistência às adversidades, servindo como um estímulo para a comunhão saudável entre todos aqueles que, fluentemente, neles se incluem.
A nossa região também não é excepção. Há festas e romarias por todo o lado. E quem não cultiva a relação social e afetiva com o meio rural, ou falta à festa da sua terra, quase que comete um “pecado”. Mas também não é menos verdade, que o ponto festivo mais alto de um concelho, são as festividades da sede do mesmo.
Vem isto a propósito da Cidade de Bragança. Independentemente do que acontece um pouco por toda a região, na capital nordestina vive-se e sente-se um mês de Agosto recheado de acontecimentos festivos, onde a religiosidade, o lazer, a cultura, o desporto e animação em geral se complementam. Mas, o maior destaque, vai para o programa das Festas da Cidade, que teve início passado fim-de-semana, com a realização da já tradicional Festa da História, no Castelo, e acontece, agora, no Parque Eixo Atlântico, até à madrugada do dia 22, feriado municipal. As festividades terminam com as Celebrações Religiosas, em honra de Nossa Senhora das Graças, já na tarde do referido dia 22.
Porém, não obstante a relatividade do inerente interesse, para além de muitas outros acontecimentos ao nível desportivo, não quero deixar de destacar o encontro/convívio de futebol entre a formação representante da autarquia e da comunicação social, que teve lugar no campo do C.E.E., a partir das 18 horas do dia 19 de Agosto. Tratou-se de mais uma edição de um evento onde, o desporto, a amizade e a independência institucional, têm convivido, ao longo de quase duas dezenas de anos, alegre e harmoniosamente.
E, para que não fiquem dúvidas e alguém tente, a apropriar-se/vangloriar-se, indevidamente, de ser autor da ideia, devo dizer que a mesma surgiu, há 17 anos, na sequência de uma conversa entre mim e o agora vice-presidente da Câmara Municipal de Bragança, na altura presidente da Junta de Freguesia da Sé, Paulo Xavier. E tendo sido levada à prática com sucesso, logo na primeira edição, ainda agora se mantém, como que uma tradição. E muito bem. Mesmo que, nos tempos que correm, as circunstâncias e os contextos sejam diferentes e sejam protagonizados, em grande parte, por outras gentes. O importante é que aconteça, promovendo o desporto, como forma saudável de interagir e divertir.