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Desarme-se de preconceitos e arme o presépio!

Os presépios fazem parte de uma tradição que atravessou os séculos alimentada, de forma particular, pelo deslumbramento das crianças.
Na sua mais recente Carta Apostólica, “Sinal Admirável”, o Papa Francisco, incentiva pais e avós a preparar o Presépio nas famílias, nos lugares de trabalho, nas escolas, nos hospitais, nos estabelecimentos prisionais, nas praças, pela rica espiritualidade popular. Onde porventura tenha caído em desuso redescubra-se e revitalize-se diz! Francisco fala a uma sociedade de consumo que celebra o Natal, mas que tende a esconder o Presépio.
Mas, foi com o outro Francisco, o santo de Assis, que no Natal de 1223, nasceu o presépio. Francisco é um crente com um coração de criança. Os antigos diziam: «para quem acredita tudo é prova, para quem não acredita nenhuma prova basta». É longa a tradição de armar o presépio e, envolve um processo, um crescimento, uma participação dinâmica da família na história mais bela de todos os tempos. Esta é uma oportunidade para uma catequese doméstica, junto das crianças, por isso deixo aqui sugestões divertidas, mas significativas, para o preparar Belém em casa, etapa por etapa, com a família:
Coloque os cenários [musgo, celofane, outros], depois os animais, o boi, o burrico, as ovelhas, os pastores, a manjedoura... Os protagonistas Jesus, Maria e José, vem só na tarde do dia 24 de dezembro, ainda sem o menino Jesus, este coloca-se na manjedoura à noite, antes da “Missa do Galo”, juntamente com os anjos e a estrela, nesta ocasião reúna a família e cantem: “Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens por Ele amados”.
No dia 25, pela manhã, coloque os três reis do Oriente, Gaspar, Melchior e Baltazar, que foram a Belém adorar o Salvador. Inicialmente, longe da gruta, ainda a caminho. Aproxime-os mais, a cada dia que passa, até chegarem junto ao Menino na festa da Epifania, dia 6 de janeiro.
Ao armar o presépio imaginamos as várias cenas, estimulamos os afetos, senti-mo-nos envolvidos na história da salvação e, atualizamos aquele evento que se torna vivo e, de hoje, nos mais variados contextos históricos e culturais.
Desarme-se de preconceitos e, arme o presépio!

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