A opinião de ...

INDÚSTRIAS DE BRAGANÇA ESCAPES/FAURECIA

Ciente de que a cidade de Bragança não dispõe, a nível industrial, de muitas unidades fabris, apraz-me porém registar, valorizar e exportar o que de positivo existe nesta área.
A vanguardista unidade industrial sita na Estrada do Aeródromo – Bragança, é uma entre centenas de fábricas da multinacional FAURECIA. Trata-se de um complexo fabril vocacionado para a produção de escapes para várias marcas de automóveis: Nissan, Peugeot, Renault, Seat, Volkswagen, entre outras. Face ao dito, pode dizer-se que um em cada quatro veículos que circulam nas nossas estradas, têm componentes da marca FAURECIA que, a nível mundial dá trabalho a 94 000 pessoas, em 34 países.
A fábrica de Bragança posiciona-se num patamar de altíssima tecnologia e qualidade e emprega 435 pessoas, incluindo quadros superiores. Este número vai aumentar substancialmente, pois vai haver um forte incremento na produção dentro de dois ou três anos, dado que mais pavilhões estão a ser reconvertidos.
No interior, o silêncio e a concentração são qualidades fundamentais para fabricar os escapes que estão entre os de melhor qualidade a nível mundial, fabricando-se mais de dez mil peças por dia. A  chegada de material às instalações é feita por 38  camiões que, depois de descarregarem, regressam à origem com embalagens vazias e/ou outros materiais.
Em 2012, as vendas da FAURECIA de Bragança ascenderam aos 250 milhões de euros.
Os escapes seguem exportados para a França, a Roménia, a República Checa, o Luxemburgo, a Coreia do Sul, o Reino Unido, a Turquia e até a América do Sul.
O poderoso grupo FAURECIA tem já uma tradição de implantação em Portugal. A maior empresa do grupo no nosso país (também fabricam assentos, estofos e derivados) situa-se em S. João da Madeira.
Esta singular empresa instalou-se em Bragança no ano de 2000, após negociações, já não com a ex-Grunig, mas com a autarquia que tudo fez no sentido de proporcionar o melhor para a instalação e laboração da já tão conhecida fábrica da FAURECIA.
Em 2005, o actual Presidente da República teve a possibilidade de visitar o complexo e foi peremptório: “Isto demonstra que é possível ter iniciativas empresariais de tecnologia de ponta no interior do país”.
Oxalá esta poderosa empresa de Bragança venha a alcançar voos ainda mais altos, proporcionando altíssima qualidade e dar emprego a muitas pessoas.

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