José Mário Leite

A parada dos Espíritos

No passado dia 9 de maio, na Praça Vermelha, em Moscovo, realizou-se, mais uma vez, a impressionante parada militar demonstrativa do poderio bélico do exército vermelho, sucessor do temível braço armado soviético. A analogia com o segundo cavaleiro do Apocalipse, parece-me quase óbvia, começando pela cor e pelas atribuições:
“E saiu outro cavalo vermelho; ao que o montava foi dado o poder de tirar a paz na terra e fazer com que se matassem uns aos outros. E foi-lhe dada uma grande espada” Apocalipse 6:4.


007 Licença para Salvar

No auditório do Centro de Investigação Médica da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto o médico ortopedista António Francisco Martingo Serdoura apresentou um dos projetos do laboratório colaborativo 4LifeLab a que preside e que, no centro de pesquisa da Escola de Medicina portuense lidera uma Zona Livre Tecnológica (ZLT) que recebeu o número 007 e que, no entendimento dos investigadores, lhes confere uma maior responsabilidade para se diferençarem, positivamente, das demais.


Crimes de Guerra

bater a sangue frio um soldado que se rendeu, é crime de guerra. Seja qual for a nacionalidade e a circunstância de cada um deles. Pouco importa se quem abate é russo ou ucraniano nem tão pouco aquele que é abatido. Pouco importa se um é invasor ou invadido. Pouco importa se é terreno de um ou de outro ou, sequer, em “terra de ninguém”. É crime e deve ser condenado.


A Contar... (muito mais do que cantigas

David Ferreira foi-me apresentado, se não me falha a memória, em 2016, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, por ocasião da apresentação pública do livro “Clave de Sol – Chave de Sombra - Memória e Inquietude em David Mourão-Ferreira” de Teresa Martins Marques mas, obviamente, não resultou daí qualquer conhecimento mútuo. Este aconteceu, três anos mais tarde, quando fizemos, integrados num grupo de colaboradores da Gulbenkian, uma viagem à Arménia.


Bilhete-Postal para a Lombardia

Sofia, minha filha, desculpa.
Desde que há uma década emigraste, para Itália, primeiro, para Bruxelas, depois e, de novo para a italiana região da Lombardia, tenho sido teu correspondente neste cantinho lusitano, para, com regularidade, te ir dando notícias da política e do governo da nossa nação. Contudo, na última semana, houve um acontecimento neste lusitano retângulo que, ostensiva e reiteradamente, te escondi.


MAIORIA E DEMOCRACIA

Toda a gente sabe que quem não arrisca, não petisca e, igualmente, ninguém ignora que mais vale um pássaro na mão do que dois a voar. Ora, assim sendo, qualquer que seja a atitude perante um desafio estará sempre respaldada na opinião popular que é velha, experiente e sábia. Igualmente é possível, perante as várias formas assumidas pelo poder democrático, elogiá-lo e desmerecê-lo recorrendo a insuspeitas opiniões de reconhecidos vultos da humanidade.


Assinaturas MDB