Bragança

Centro de Educação Especial inova com oficina de belas-artes

Publicado por Glória Lopes em Qui, 10/23/2025 - 14:21

Uma oficina de belas-artes e restauro, onde nada se perde e tudo se transforma, está a ajudar a mudar a vida e a amenizar a rotina de vários utentes do Centro de Educação Especial (CEE), em Bragança. 

 “Pequenos milagres fazem-se aqui [CEE] todos dos dias”, garante Anabela Pires, a diretora da instituição e do lar residencial. 
Criada há pouco mais de três meses, desta oficina já saem móveis e adereços reciclados para uso na instituição.

Mesas danificadas, mobiliário, pedaços de madeira, bem como outros artigos que estavam em arrecadações e tinham como destino a lixeira, ganham nova vida nas mãos dos que ali trabalham. “Nesta sala promovem-se competências e os utentes dão azo à sua criatividade. Verifica-se que ficam mais calmos e relaxados”, explicou João Genésio, diretor técnico no Centro de Atividades e Capacitação para a Inclusão (CACI).

André, um dos participantes, gosta muito de pintar. “Eu pinto. A minha cor preferida é o branco. Gosto de ir para a oficina e para a horta”, contou o André. 

Por estes dias, os utentes e os monitores estão a reconverter velhos painéis de cortiça já sem utilidade para quadros decorativos, jogos de estimulação sensorial/cognitiva e até para chaveiros. Velhos móveis ficam novinhos como se tivessem acabado de sair de uma loja. Tudo ganha nova função nesta oficina, onde o lema é fazer do velho  algo novo, poupando recursos à Santa Casa da Misericórdia de Bragança, entidade gestora do CEE. 

Maria da Conceição Barbosa também vai à oficina, mas é uma bordadeira de primeira. “Aprendi aqui no CEE. Bordo toalhas, panos e trabalho em lã”, explicou ao Mensageiro. 

Júlia Pinto, a monitora, que trata os utentes por meninos, conta que naquela oficina se trabalha sob o lema “da preservação da natureza, criando o mínimo de lixo e dando uma nova cara” a coisas que iam ser atiradas fora.  “Utilizamos também material que nos é doado por lojas, que iria para o lixo, porque deixam de ser atuais. Há muito material degradado, porque a casa é antiga e, por isso, tentamos criar melhor ambiente para o bem-estar dos meninos como que vamos produzindo”, acrescentou a monitora. 

 

(Reportagem completa disponível para assinantes ou na edição impressa)

 

 

 

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