Escolas de Fronteira encerraram ano letivo em Bragança

O Projeto Escolas Billingues e Interculturais de Fronteira (PEBIF), coordenado pela Organização de Estados Ibero-Americanos (OEI), alcançou no ano letivo 2024/2025, mais de 2300 estudantes e 120 docentes, de 51 escolas, nomeadamente 26 portuguesas e 25 espanholas.
Ana Paula Laborinho, diretora-geral de Multilinguismo da OEI, referiu que nestes cinco anos de vida do projeto, se tem procurado “inovar neste projeto”, encontrando novas formas de o fazer chegar e adaptar aos territórios. Javier Magdaleno, da Consejeria de Educación de Castilla y Léon, acrescentou que este é “um projeto que se reinventa a cada ano.” Francisco Amaya, conselheiro de Educação da Embaixada de Espanha em Portugal, salientou, na sessão de abertura do encontro, o aumento do número de escolas envolvidas no PEBIF.
Atualmente estão estabelecidos 13 pares de escolas compostos por 51 centros educativos que alcançam 2306 alunos e 120 docentes. No primeiro ano, apenas existiam 16 escolas.
Autoridades presentes no encontro destacam a constante renovação do projeto e a sua importância na construção de uma cidadania inclusiva.
Cerca de 100 professores apresentaram atividades desenvolvidas nos territórios transfronteiriços entre Portugal e Espanha durante o encerramento do ano letivo das Escolas de Fronteira, que teve lugar em Bragança na quinta e na sexta-feira 5 e, 6 de junho.
Ao longo de duas sessões, docentes participantes do PEBIF apresentaram e expuseram trabalhos criados com alunos e alunas dos territórios da raia. Sublinharam o desafio que é “superar distâncias geográficas, diferentes idiomas e sistemas educativos diferentes” com o objetivo de que as “crianças vejam, mas sobretudo sintam que as diferenças nos unem.”
Os docentes mostraram que não se trata de mais um projeto, mas de uma abordagem transversal a todo o currículo que envolve toda a comunidade educativa, incluindo as famílias.