A opinião de ...

A liberdade de informação em Portugal e mais uma “machadada” na informação do Norte

Lembro-me perfeitamente de, na minha infância, sobretudo ao fim de semana quando o meu avô materno e padrinho comia o seu pequeno-almoço comigo, enquanto eu comia o meu, ele lia o seu jornal. Quando eu acabava de comer, ele dava-me um suplemento desse seu jornal, próprio para as crianças. Eu adorava essa sua iniciativa e, para além de ler muitas “histórias” para a juventude, havia umas páginas, para eu ter de completar. Foi aí que eu comecei a ler e escrever, antes de ter entrado para a escola dita “primária”. Desta maneira, eu comecei a ler diariamente um jornal, enquanto tomava o pequeno-almoço. Ainda hoje, já aposentado, ao tomar o meu pequeno-almoço leio, diariamente o meu jornal, neste caso concreto o “Jornal de Notícias”, que para além de me dar as notícias nacionais e internacionais, me dá também as locais, ou seja do Norte de Portugal. Portugal não é só Lisboa, Portugal é Todo o país, Norte, Centro e Sul. Na minha juventude, no Porto publicavam-se três jornais diários: “O Comercio do Porto”; “O Primeiro de Janeiro” e o “Jornal de Notícias”, agora só se publica o “Jornal de Notícias”. Esta “decadência” dos jornais publicados na cidade do Porto mostra isso mesmo, que há uma tendência para não se ler, basta ligar a televisão (sobretudo certos canais…), ou ligar um telemóvel e sabe-se logo tudo. Isso é uma mentira, muitas vezes é uma “informação”, manipulada por interesses financeiros e ou “políticos”. Por isso, eu estou solidário com os trabalhadores e jornalistas do “Jornal de Notícias” que têm feito um trabalho excelente e, sei que já não recebem o seu justo salário, já vai para uns meses.
Tenho acompanhado, no meu computador e no meu telemóvel, depoimentos quase diários, de inúmeras pessoas, de muitos intelectuais e mesmo políticos de várias tendências e opções, que estão solidários como eu, com o “Jornal de Notícias” e os seus trabalhadores. Alguns exemplos: “A situação do Global Media Group foi discutida por Alexandra Leitão, José Pacheco Pereira e António Lobo Xavier no programa “O Princípio da Incerteza” da CNN Portugal, no domingo à noite. Os três políticos são contra a nacionalização do JN, TSF, “O Jogo”, e “Diário de Notícias”, mas defendem medidas transversais para apoiar os órgãos de comunicação social. A propriedade do World Opportunity Fund (WOF), que detém a Global Media, e o papel da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) nesta crise, foram dois temas abordados. “Eu gostava de saber quem manda naquilo. Isso acho que temos direito a saber. Aí, acho que há um falhanço qualquer do funcionamento do nosso Estado”, afirmou Pacheco Pereira. Mas há muitas opiniões de muitas pessoas de diferentes opiniões que também estão solidários com o “Jornal de Notícias” e com os seus trabalhadores, como, por exemplo: Rui Moreira (presidente da Câmara do Porto); Joaquim Fidalgo; Miguel Poiares Maduro; Pedro Marques Lopes e Daniel Oliveira; Tiago Braga (presidente de Administração da Metro do Porto); o cronista Henrique Raposo; o Senhor Cardeal Américo Aguiar; o cantor e compositor Pedro Abrunhosa; Luísa Salgueiro (Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos e da Associação Nacional de Municípios Portugueses); Rui Tavares, do Partido Livre e muitos, muitos outros, mesmo muitas outras pessoas de diferentes notabilidades, de díspares opiniões e opções partidárias.
Para finalizar: Queremos dizer que, estamos solidários com toda a imprensa regional e com os seus dignos trabalhadores. Viva o “Jornal de Notícias”, vivam os seus trabalhadores.

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3969

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