Edite Estrela

DIREITOS NÃO SÃO PRIVILÉGIOS

 No passado dia 8 de março, dia internacional da mulher, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) publicou um relatório intitulado “Mulheres no Trabalho: Tendências 2016”. E o que nos revela esse relatório? Que os avanços neste domínio têm sido lentos e se têm verificado recuos. Que as mulheres enfrentam muitos obstáculos no acesso a empregos dignos. Que as disparidades de género na população ativa e nas taxas de emprego pouco diminuíram.  Que os significativos progressos alcançados pelas mulheres no setor da educação não tiveram correspondência no setor do trabalho.


UM ORÇAMENTO RESPONSÁVEL

“Concordamos com a avaliação da Comissão de que existe risco de não cumprimento com as recomendações do Procedimento de Défices Excessivos. Tomamos nota que, de acordo com a avaliação da CE o défice será de 3,3% do PIB. Nesse sentido, serão necessárias medidas adicionais para que o défice melhore e cumpra as regras do Pacto de Estabilidade. É positivo que Portugal se comprometa a implementar as medidas necessárias para garantir que o défice excessivo é corrigido”. Este é o parecer do Eurogrupo sobre o Orçamento do Estado português de 2015. Leu bem, 2015.


LUCROS PRIVADOS E DÍVIDAS PÚBLICAS

O fim de 2015 e o princípio de 2016 trouxeram sérias razões de preocupação e desassossego. Ainda não tínhamos começado a saborear as rabanadas, fomos surpreendidos com a implosão do BANIF, com gravosas consequências para os contribuintes. Na Europa, o drama dos refugiados está longe de uma solução e os desenvolvimentos recentes geram motivos de grande intranquilidade. Os primeiros dias do ano novo demonstraram que é sempre possível surgirem novos focos de tensão no Médio Oriente.


HAJA MEMÓRIA

Empobrecimento, desemprego, surto de emigração comparável aos anos 60, cortes cegos no Estado Social, o segundo pior défice e a terceira maior dívida de toda a União Europeia é, de acordo com o Eurostat, o resultado de quatro anos de governação PSD/CDS. O relatório annual da OCDE sobre a qualidade de vida nos países desenvolvidos refere que os portugueses têm menos qualidade de vida, ganham menos, trabalham mais tempo e correm maior risco de despedimento.


TER SENTIDO DE ESTADO

Os resultados eleitorais já fizeram correr muita tinta. Com análises e equações para todos os gostos. Há, no entanto, algumas conclusões óbvias. A abstenção, ao contrário do que se chegou a anunciar, subiu. A esmagadora maioria dos portugueses votou contra a austeridade. A coligação PSD/CDS ganhou, perdendo votos e mandatos. Obteve menos votos que o PSD sozinho na anterior legislatura. Pior resultado para os dois partidos juntos, só em 2005, quando o PS conquistou a sua primeira maioria absoluta. O PS perdeu, ganhando mais votos e deputados.


TEMPO DE CONFIANÇA

 
Em todas as funções públicas que desempenhou – ministro de várias pastas, parlamentar, eurodeputado, autarca – António Costa deixou a indelével marca da qualidade. Uma marca baseada na inovação, na competência e na coragem para bem-fazer em prol do interesse coletivo. As suas grandes capacidades são publicamente reconhecidas e respeitadas. É um líder com carisma e prestígio internacional que inspira confiança.
 


MEMÓRIA CURTA

 
É vox populi que “as pessoas têm memória curta”. O antídoto para este mal é lembrar, chamar a atenção, repetir, as vezes necessárias, aquilo que é importante. Há quem tenha falhas de memória e, reconhecendo-o, recorra a estratégias simples para evitar esquecer o que realmente importa, seja da vida pessoal seja da vida coletiva. Mas há também quem, intencionalmente, se esforce por esquecer (e fazer esquecer) o que não lhe agrada.


Dar o dito por não dito

Pedro Passos Coelho diz que não aconselhou ninguém a emigrar. E do alto da sua autoridade ministerial lançou o desafio: ora provem lá o contrário. E provaram. Bem pode o primeiro-ministro dar o dito por não dito e desdobrar-se em subterfúgios que não conseguirá apagar o registo audiovisual das palavras, da entoação e da sua fisionomia. Aconselhou ele e aconselharam outros membros do governo, o que leva a crer que não foi apelo fortuito ou mero impulso, mas sim orientação governamental.


MEMÓRIA CURTA

É vox populi que “as pessoas têm memória curta”. O antídoto para este mal é lembrar, chamar a atenção, repetir, as vezes necessárias, aquilo que é importante. Há quem tenha falhas de memória e, reconhecendo-o, recorra a estratégias simples para evitar esquecer o que realmente importa, seja da vida pessoal seja da vida coletiva. Mas há também quem, intencionalmente, se esforce por esquecer (e fazer esquecer) o que não lhe agrada.


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