F. Costa Andrade

Membro do MPN, CPLGSP e ONE

Da morte do Rayan, à exploração repugnante da morte dum inocente

Na primeira semana deste mês de fevereiro de 2022 meio mundo parou, suspenso das notícias que, em catadupa, foram chegando de Marrocos, dando conta da tragédia aterradora, protagonizada por uma criança, de apenas cinco anos de idade, lutando pela vida no fundo dum poço de mais de trinta metros de profundidade, cujo diâmetro variava entre os vinte e quarenta centímetros, condições que, à partida, faziam prever um resgate nada fácil, altamente problemático e de resultado imprevisível.


Eleições 2022, “Triteirada”* à Portuguesa em três atos

1º ATO
Desengonçada e morta a geringonça, o destino fatal a que sempre esteve condenada, os pais, padrinhos e tutores daquela espécie de nado morto, ainda o cadáver jazia quente na cama em que o abandonaram e, como um bando insaciável de aves necrófilas, correram a fazer partilha dos despojos, reivindicando uns os valores e os direitos da herança, enquanto deixavam para os compinchas do dia anterior as culpas da crise que provocaram e para o país o ónus de satisfazer as suas ambições pessoais e os seus interesses de grupo.
2º ATO


A Constituição e as Eleições Legislativas: o arriscar o direito à vida por um voto

NOTA PRÉVIA:
Na impossibilidade técnica de colocar a “bolinha vermelha”, aviso que este texto pode escandalizar os leitores mais sensíveis, sobretudo os indefetíveis e mais devotados “constitucionaleiros”, da nossa praça, alguns deles precisarem de volta à escola para aprenderem a ler e compreender o português.


Quem fomentou, (e para quê) A “Almirantada” Mendes Calado/Gouveia e Melo?

Na minha crónica, sob o título “ Batalha Naval…num mar de equívocos”, publicada neste jornal no dia 7 do passado mês de outubro, sobre tentativa rocambolesca, (para não lhe chamar outra coisa) de substituição do então Chefe do Estado Maior da Marinha almirante Mendes Calado, em pleno exercício das funções em que fora investido, pelo contra almirante Gouveia e Melo, que poucos dias antes tinha deixado as funções de coordenador do processo de vacinação contra o Covid-19, por falta de informação, procurei fazer a análise possível desse processo nebuloso, que tanta polémica levantou na soci


Atualidade política definitivamente, todas as cartas estão sobre a mesa

Com a realização do 43º congresso do PSD, nos passados dias 17 a 19 de dezembro, não obstante o natural envolvimento das pessoas na preparação das festas do Natal e do Ano Novo, contra tudo o que seria espectável, gerou-se uma súbita e inusitada vaga de fundo que, apanhando de surpresa todos os principais atores da cena política nacional de todos os quadrantes, os obrigou a redefinirem-se e a reposicionarem-se em função das eleições para a Assembleia da República do próximo dia 30 de Janeiro de 2022.


Será que havia necessidade?

Com enorme estrondo, sem honra nem glória, caiu, finalmente, o Ministro da Administração Interna Dr. Eduardo Cabrita, esse tal que, vezes sem conta foi apresentado ao pais pelo primeiro ministro, como sendo um “excelente ministro”, sendo oportuno e justo perguntar ao Sr. Doutor António Costa se o “seu excelente ministro” caiu desta maneira, com que punção mágica conseguiu aguentar até ao fim tantos dos outros, manifestamente tudo menos excelentes.


Senhor Presidente, afinal como é tão difícil “ser regedor” na nossa terra!

Face aos últimos desenvolvimentos da notícia do envolvimento de alguns militares, (felizmente poucos), em negócios de ouro, diamantes, estupefacientes e similares, tenho de reconhecer que me enganei redondamente no comentário sob o título “Digam à gente, por favor, para onde levam o meu país” publicado na página oito da edição anterior deste jornal, que terminei afirmando:
“Senhor Presidente, (da república), o senhor sabe bem que deve haver limites para tudo”.
Mas, lamentavelmente, até parece que não há.


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