Empregada que casou com homem 101 anos condenada a pena suspensa por sequestro

O Tribunal de Bragança condenou hoje a uma pena de dois anos e oito meses de prisão, suspensa por igual período, por um crime de sequestro, a empregada doméstica que, aos 53 anos, casou com um homem de 101, em Bragança. A arguida estava acusada do crime uso de documento falso, pela qual foi condenada uma pena de multa no valor de 1450 euros. Rita Monteiro sentou-se no banco dos réus ainda acusada de mais dois crimes de sequestro, mas foi absolvida, uma vez que se reportam a datas anteriores à filha do homem ter sido considerada sua tutora legal.
Os dois médicos psiquiatras, que respondem pela emissão de atestados médicos falsos, relacionados os relatórios que atestavam a sanidade mental do idoso, foram condenados pelos crimes de que estavam acusados com penas de multa entre os seis e os oito mil euros.
A funcionária da Conservatória do Registo Civil de Ribeira de Pena, que celebrou o casamento acusada de uso de documento falso, foi absolvida tal como a psicóloga acusada de falsas declarações.
A família pedia uma indemnização cível de cerca de 13 mil euros, mas o coletivo de juízes que julgou o caso entendeu que não havia lugar a que os três filhos fossem ser ressarcidos pelos danos patrimoniais e não patrimoniais.