Nordeste Transmontano

IPB volta a destacar-se na área científica

Publicado por AGR em Ter, 2022-10-18 11:06

Um projeto desenvolvido por investigadores do Instituto Politécnico de Bragança que aproveita resíduos de cogumelos foi um dos aprovados pela Fundação para a Ciência e Tecnologia no âmbito do “Concurso de Projetos de I&D em Todos os Domínios Científicos - 2022”, anunciou hoje o IPB, em comunicado.

“Liderado pela Investigadora Sandrina Alves Heleno, Co-liderado pela Investigadora Lillian Barros e com a participação de outros Investigadores do Instituto Politécnico de Bragança: Ricardo Calhelha, Eliana Pereira, Cristina Caleja, Márcio Carocho, Maria José Alves e Custódio Roriz, o projeto “Mush4Chol: Desenvolvimento de uma formulação hipocolesterolémica eficiente a partir de bioresíduos de cogumelos, através de uma estratégia integrada sustentável”, foi um dos aprovados, entre dezenas de candidaturas”, lê-se.

Do trabalho desenvolvido pelo Mush4Chol, “o objetivo final é obter uma formulação em pó, estabilizada, composta por agentes naturais, que permita a inibição tanto da síntese quanto da absorção do colesterol”, diz ainda o mesmo documento.

De acordo com a nota do Politécnico de Bragança, “este projeto apresenta uma solução inovadora e promissora que consiste na exploração exaustiva de bioresíduos de cogumelos fornecidos por empresas parceiras do consórcio para a obtenção de extratos ricos em micoesteróis, β-glucanos e estatinas, frações purificadas ou mesmo compostos isolados”.

O IPB estima que este projeto tenha “um alto impacto na sociedade, principalmente na saúde humana, representando um avanço significativo no tratamento de problemas relacionados com elevados níveis de colesterol”.

Ao mesmo tempo, vai também permitir alcançar uma estratégia de desperdício zero já que todos os resíduos da extração serão reintegrados no início da cadeia de valor através da reutilização como substrato de cogumelos, impulsionando a economia circular.

O Mush4Chol envolve um conjunto de atividades multidisciplinares subsequentes, abordando diferentes metodologias de diferentes domínios de investigação, contando com uma equipa multidisciplinar do IPB, mas também do Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica (iBET), da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro - Centro de Investigação e de Tecnologias Agro-Ambientais e Biológicas e ainda com o MORE- Laboratório Colaborativo Montanhas de Investigação. Assim, o consórcio destaca-se pela participação de unidades de I&D e empresas de excelência, terá a duração de 36 meses e conta com um orçamento global de 249.217,12€.

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