Secretária de Estado da Inclusão admitiu dificuldades para se impôr na escola e no mundo do trabalho por ser cega

A secretária de Estado da Inclusão, Ana Sofia Antunes, contou as dificuldades que enfrentou por ser cega enquanto estudante de Direito e depois como profissional aos alunos do Agrupamento de Escolas Miguel Torga, em Bragança, na passada segunda-feira, durante uma das palestras do projeto ‘Eu Sou Igual’, que está a ser desenvolvido para trabalhar a problemática da Inclusão.  

Tendo concluído a licenciatura com uma média de 16 valores na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, apesar dos poucos apoios e até da falta de livros, que a obrigavam a gravar as aulas quando os professores o permitiam, Ana Sofia Antunes, é um exemplo de resiliência e determinação. Contou aos mais jovens a sua experiência em vencer barreiras e preconceitos. Desde então muito mudou no ensino. “As escolas têm legislação e regulamentação específica que as habilita e orienta para fazer este processo de inclusão. Aquilo que procuramos fazer, em cada momento, é ir transmitindo para as escolas através de formação multidisciplinar aos docentes e da disponibilização permanente de materiais adaptados todo o tipo de instrumentos para trabalharem com esses alunos e as suas diferentes características”, explicou a secretária de Estado, destacando que “existem majorações na afetação quer de assistentes operacionais, para apoio, e na colocação de docentes de educação especial de cada vez que a escola recebe um aluno com deficiência”.    

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