Afinal em que ficamos? (II)
Consta que o parlamento tem um regulamento de funcionamento.
Esse regulamento prevê que o presidente seja indicado – para ser eleito – pelo partido maioritário.
Este presidente será coadjuvado por quatro (4) vice-presidentes indicados pelos 4 partidos mais votados para serem eleitos.
O PC – com a muleta dos verdes – já teve 1 vice-presidente pois já foi o 3º partido mais votado. E também teve 1 vice-presidente quando passou a ser o 4º partido mais votado.
O BE que já foi 3º e 4º partido já teve 1 vice-presidente.
Quer o presidente, quer os vice-presidentes são eleitos pelos deputados eleitos.
Até às últimas legislativas este regulamento interno foi, religiosamente, respeitado e cumprido. A vontade popular manifestada nas eleições sempre foi respeitada.
Até que, o povo decidiu despromover o PCP e o BE e promoveu o CHEGA a 3º partido.
Bonito serbiço
E agora?
Ah, agora, o CHEGA não vai ter vice-presidente.
Mas, então não foi assim que o povo decidiu?
Respondem os democratas do PS, do PCP, do BE, do PAN e do LIVRE: pois mas nós não votamos num candidato do CHEGA.
Mas o povo quis o CHEGA em 3º lugar?
Pois, mas nós não querêmos saber da decisão do povo. Nós é que sabemos e ponto.
Resultado: há 1 vice-presidente do PS e 1 vice-presidente do PSD. Ainda bem que são os 2 transmontanos.
São assim os da esquerda. Ou eles ou o caos.
Por acaso, o último ano tem-nos demonstrado o conceito de democracia, de seriedade e de honestidade políticas que orientam muitos de esquerda.
De facto, foi o povo que decidiu assim.
Mas neste país aonde não se encontra quem queira trabalhar na construção; aonde não se encontra quem queira trabalhar no comercio ou na agricultura. Fez bem o povo decidir como decidiu.
Agora que os ature.
Mas que num se queixe!