A inveja…uma praga social!...
Diz o povo, e com razão, que a inveja nunca foi boa conselheira. Longe disso. Embora, por vezes, seja difícil de disfarçar, ou omitir, a inveja anda por aí espalhada, alimentando-se maldosa e sorrateiramente, fazendo parte da postura pessoal e social de muita gente. Há quem dia, certamente com muita razão, que a inveja é dos piores males das sociedades actuais e do nosso país em particular. Confesso que partilho dessa opinião. Diria mesmo que se tratará de uma praga social, difícil de combater, tal como uma erva daninha, que se aninha nas entranhas da terra. No mundo de hoje existe, cada vez de forma mais descarada, uma grande dose de inveja, mal que, também ele, arruína valores, promove desavenças, a falta de união pessoal e coesão social. A inveja é uma manifestação desprovida de valores éticos e humanos, nomeadamente no âmbito do respeito pelo “outro” e por aquilo que o “outro” possui, quer ao nível material, quer intelectual e moral.
Até o ato de escrever ou falar pública e mediaticamente, causa grandes efeitos na emergência da inveja por parte de certa “espécie de gente”.
Naturalmente que, como se depreende, escrever ou falar, opinando, ou não, num órgão de comunicação social, tem seus os riscos, que poderemos considerar positivos, ou negativos. O da inveja é um deles.
A mediatização acaba, com efeito, por ter de ser gerida com alguma ponderação, não obstante a clareza e a objectividade que deve estar inerente.
Estou consciente que ninguém agrada a toda a gente. Longe disso. Aliás, da minha parte, nem é isso que desejo, prioritariamente, pois gosto de ser “eu próprio”, fruto de mim mesmo.
Mas os críticos destrutivos e de inveja imbuídos pouco importam, muito menos aqueles que revelam uma atitude de falta de carácter e afirmação socialmente positiva, que raramente “dão a cara”, procurando viver atrás de um relativo anonimato, cobardemente disfarçado.
Gosto, sinceramente, daqueles que “dão a cara”, que dizem, educada e pedagogicamente, o que, para eles, fizemos menos bem, e nos aplaudem e valorizam quando merecemos, nos fazem reparos, dão conselhos, como verdadeiros amigos.
Aqui neste espaço, o meu propósito assenta, sobretudo, na crítica positiva e no pensamento criativo, na valorização do que me parece ser e estar bem feito, procurando esbater o que parece menos bem, no âmbito da minha perspetiva, obviamente.
Acontece, porém, que, quando escrevo sobre uns, há outros, que nem sempre observam isso de forma construtiva, antes expressando “alguma” inveja, como se existissem “donos” da ética, da moral e do saber, ou detentores do absoluto poder.
Na vida não podemos “viver sozinhos”, mas sim interligados de forma construtiva, partilhando uma rede de relações positivas que nos ajudem a crescer transversalmente, valorizando os nossos amigos, conterrâneos, o que temos, na nossa terra, na nossa cidade, na nossa região, no nosso país… Em suma, valorizando o que é nosso, as competências e o êxito do “outro”, nosso semelhante, sem manifestações insustentadamente destrutivas, de maldizer e de inveja.
É, pois, importante que ajudemos a promover positivamente uma sociedade mais desenvolvida e caminhemos para um mundo melhor e mais humanizado, em que os valores da amizade, do respeito, da comunicação, da tolerância e da relação, sejam verdadeira e efetivamente vividos e sentidos, num ambiente de paz e justiça…e sem INVEJAS doentias!... O problema será do EGO!...