Editorial - António Gonçalves Rodrigues

Um farol que se apaga

Por estes dias, tanta coisa foi dita já por tantos sobre o Papa Francisco. Mas a verdade é que isso demonstra a importância que o jesuíta argentino Jorge Bergoglio, eleito Papa Francisco em 2013, representou para o mundo ao longo dos 12 anos de pontificado.


Um país que corre para o mar

Em 2017, a Ala dos Namorados cantava assim:
“São os loucos de Lisboa que nos fazem duvidar
A terra gira ao contrário
E os rios nascem no mar”.
A verdade é que, a cada dia que passa, de facto, mais os loucos de Lisboa nos fazem duvidar.
Num trabalho da Fundação Francisco Manuel dos Santos (promotora da Pordata, uma base estatística nacional), divulgado pela SIC, demonstrava-se que 80 por cento da população portuguesa habita em 30 por cento dos 308 municípios portugueses.


Orgulho e preconceito

O distrito de Bragança é o mais seguro do país. Seja em termos de ocorrências participadas (o único com menos de quatro mil participações), seja concretamente ao nível da criminalidade violenta e grave, em que se registaram 71 participações, tantas quantas tinha havido no ano passado (mais informação na página 7).
Ora, estes resultados não são de um ano só e demonstram, mesmo, uma tendência que se vem registando na última década.


As marcas que o tempo não pode apagar

O Mensageiro de Bragança está de luto. O jornalismo português está de luto. Partiu para a Casa do Pai aquele que, durante três décadas, foi uma das referências da comunicação social transmontana.
Homem com um sentido de humor notável, tinha sempre uma piada pronta para desarmar qualquer interlocutor.
Nascido em Paçó de Rio Frio, o nome de Inocêncio Pereira confunde-se com o próprio Mensageiro de Bragança.
Por cá, no jornal diocesano, desempenhou toda a espécie de cargos. Foi jornalista, chefe de redação, diretor adjunto, diretor, administrador.


Os desafios de um pai

O dia 19 de março é, por tradição, o dia dedicado a S. José, que fez as vezes de pai de Jesus na terra e, por arrastamento, de todos nós.
Por isso se celebra, a 19 de março, o Dia do Pai.
Nas suas catequeses sobre a família, o Papa Francisco foi deixando alguns conselhos para os que têm a árdua tarefa de educar.
“Um pai deve querer os filhos sábios e inteligentes.
Um pai deve estar sempre presente, próximo à esposa e aos seus filhos.
Um pai presente não é o mesmo que um pai controlador.


Porque não devemos deixar as crianças fazerem birras

Aviso à navegação, este texto não é, fundamentalmente, sobre crianças. É sobre todos nós.
Aquilo a que assistimos esta semana no Parlamento mais não é do que uma birra de crianças. Crianças mimadas, pouco habituadas a que se lhes diga que não. E quando os pais falham em ensinar os filhos a lidar com o não, tornam-nos crianças caprichosas.
E crianças caprichosas agem sem pensar com bom senso, mas emocionalmente. Deixam-se tomar conta pelas emoções.


A ética já não é o que era

“Quereremos o esclarecimento total, total, à volta do que tem vindo a público e que é, de facto, estranho e que nos lança para a necessidade de os cidadãos ficarem tranquilizados com os esclarecimentos que são dados.”
As palavras são do líder da oposição e referem-se a um imbróglio que envolveu um governante. Alguém consegue descortinar, pelas palavras ditas, de quem se fala?
“Face à falta de explicação, a situação é de molde a retirar-lhe a plenitude da sua capacidade de exercer, com toda a autoridade, a função de membro do Governo”, continuou o mesmo líder da oposição.


Quem protege as forças de segurança?

O momento que o país atravessa está a ser marcado por uma mudança de paradigma da sociedade atual. A evolução da tecnologia está a produzir alterações à forma como vivemos a uma velocidade nunca vista. Nunca antes, como agora, as mudanças foram tão drásticas e repentinas, com tecnologias a aparecerem a tomar conta das nossas vidas e a tornarem-se obsoletas num piscar de olhos e em menos de uma geração.
A minha geração assistiu aos primeiros passos do VHS (tecnologia vídeo), à sua disseminação por todo o mundo, ao surgimento dos clubes de vídeo, dos canais temáticos musicais.


O ser e o parecer

Portugal nunca esteve tão mal em matéria de corrupção como agora. A afirmação é forte e pode não corresponder à realidade mas traduz a perceção que os cidadãos têm do país em que vivem. Esse é, pelo menos, o resultado do último Índice de Perceção de Corrupção, que deixa o nosso país com 57 pontos (em 100), no 46.º lugar, ao nível de Ruanda ou Botswana.
Foi o pior resultado do país desde que o índice começou a ser publicado nestes moldes em 2012, escrevia a CNN esta semana.


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