Editorial - António Gonçalves Rodrigues

O futuro joga-se amanhã

Desde tempos imemoriais que a humanidade se preocupa com o futuro. Muitos dos nossos antepassados olhavam para as estrelas numa tentativa de, percebendo o movimento dos astros, adivinhar o que os esperava mais à frente, fosse em termos de colheitas, caça ou batalhas.
Portanto, a preocupação com o futuro é algo que vem dos tempos mais imemoriais do passado.
Acontece que amanhã decorrem umas das eleições mais disputadas de sempre na concelhia de Bragança do PSD.


Verão aquece

O verão é um período que, meteorologicamente, é quente. Esse é um facto. No Nordeste Transmontano, mais quente ainda. Outro facto. Mas, no que a notícias diz respeito, muitas vezes o período de verão é do mais morno que há, salvo um ou outro acidente, um ou outro incêndio. Até há quem lhe chame a silly season, a época tola, em que as notícias são inundadas por pseudofamosos na praia, em festas e sei lá mais o quê.
É o tempo do regresso dos nossos emigrantes, que trazem outro colorido e movimento às terras do interior, cada vez mais despovoadas.


A semente que fica

Faz esta sexta-feira um ano que arrancou aquela que foi uma experiência única para milhares de jovens de todo o mundo, a Jornada Mundial da Juventude, com a chegada de grupos de peregrinos às dioceses.

Foi uma semana de preparação e vivências em todo o país antes da concentração, de 01 a 06 de agosto, em Lisboa, num evento que terá reunido mais de 1,5 milhões de pessoas e tido um impacto económico de 370 milhões de euros no curto prazo.

Um ano depois, o Mensageiro foi tentar perceber o que tinha mudado no Nordeste Transmontano desde então.


Verão, uma lufada de ar fresco

O verão, e, sobretudo, os meses de julho e agosto, são uma lufada de ar fresco para o Nordeste Transmontano. Nem tanto pelas temperaturas, que nesta região tendem a corresponder a meses de ‘inferno’ mas mais pela dinâmica criada e chegada de visitantes ao distrito.
Ao longo destes dois meses em particular, as aldeias ganham vida e, mesmo as cidades, veem a sua população crescer exponencialmente. O movimento é percetível a olho nu e a economia local agradece.


Olhar para o passado para pensar o futuro

Há muito quem diga que, para avançar, não devemos estar constantemente a olhar para trás. No entanto, um olhar sobre a história permite-nos, mais não seja, precaver-nos contra erros já cometidos anteriormente, aprender com eles e agir de forma diferente no futuro.
Durante anos, a agricultura no Nordeste Transmontano foi passando pelo mesmo processo de abandono que afetou a região no seu conjunto, com uma diminuição da população que, desde meados do século passado, encolheu quase para metade.


Despovoamento leva a desertificação

Em janeiro, o Papa Francisco, falando de improviso para os membros da Associação Italiana para a Subsidiariedade e a Modernização dos Órgãos Locais, chamava a atenção para aquilo que apelidou de cultura do despovoamento, que Itália e outros países, como Portugal, enfrentam.
“Devemos levar a sério o problema da natalidade porque aqui está em jogo o futuro do país”, disse o Papa. “Ter filhos é um dever para sobreviver, para seguir em frente”, concluiu Francisco I.


Assinaturas MDB