CIM Terras de Trás-os-Montes contesta por ser a que recebe menos dinheiro no Norte

A Comunidade Intermunicipal das Terras de Trás-os-Montes (CIM) é a que vai receber menos dinheiro no Norte do país. Em negociação está um valor de cerca de 110 milhões de euros, mas o presidente da CIM Transmontana diz que o assunto “não está fechado sobre a contratualização, no que respeita ao Plano Operacional Regional”, afirmou Jorge Fidalgo, também autarca de Vimioso.
O responsável reclama justiça para o território. “Não concordamos com o montante em discussão, nem com os critérios, nomeadamente a avaliação per capita, porque nós temos menos população, e por causa disso a Comissão de Cordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) acha que nós até recebemos mais. Somos uma zona de baixa densidade e o Porto também, só que em Vimioso temos 8 habitantes por quilómetro quadrado e no Porto esse número é capaz de subir para os 200 habitantes. Não é comparável”, explicou Jorge Fidalgo, salientando que “as divergências são normais”.
A CIM quer as verbas reforçadas e “vai continuar a defender os interesses da região”, afirmou o autarca que não quer ver a região penalizada. Na contratualização em negociação o Porto sobe 10% nas verbas face a 2014, ficando atrás das Terras de Trás-os-Montes que sobe 11%. A CIM do Ave sobe 39% e o Tâmega e Sousa vai até aos 54% na subida. “Como é que pode haver estas disparidades. Isto por causa dos PEDU (Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano), mas nós já estamos num novo quadro comunitário de apoio. A CCDR diz que os critérios foram escolhidos em acordo, mas não foi assim pois não foram a votação”, afirmou Jorge Fidalgo, criticado que zonas como o Minho e Cávado, “que tem níveis de coesão a 100% continuem a receber verbas para a coesão”.