Há mais amêndoa mas não chega para compensar os prejuízos de 2020

Este ano a Cooperativa Agrícola dos Produtores de Amêndoa de Trás-os-Montes e Alto Douro, sediada em Torre de Moncorvo, aponta que a produção ultrapasse os 60%, com zonas a chegar aos 70%. Perspetivas que apontam uma colheita melhor do que a de 2020, ano mau em toda a fileira, pois a produção ficou pelos 40%. “Este ano ainda não vamos conseguir compensar as perdas, pois não é um ano excelente, mas é razoável. Pelo menos é melhor do que o ano passado, quando houve menos produção e vendeu-se mal porque estava tudo parado”, explicou Bruno Cordeiro, presidente daquela Cooperativa.
No ano passado também foi mais difícil escoar a amêndoa, devido à paragem da economia e ao encerramento do comércio, nomeadamente confeitarias, pastelarias e restauração, que são os grandes consumidores da colheita transmontana. “Não ficou em casa. Vendeu-se, mas o preço foi baixo”, garantiu Bruno Cordeiro.
O preço não foi além dos 3,5 euros. Este ano preço tem subido nos últimos dias e está nos 4,40 euros o quilo da amêndoa em grão, mas pode chegar aos 5 euros, mas o seu valor é ditado pelo dólar, já que a Califórnia (EUA) é o maior produtor mundial.