Mãe confessa que matou filho autista mas nega premeditação

Começou, no passado dia 01 de junho, o julgamento da mulher de 52 anos acusada do crime de homicídio qualificado pela morte do filho, autista, de 17 anos, no Verão de 2020, em Cabanelas (Mirandela).
Segundo a acusação, Fátima Martinho planeou o crime. Queria matar o filho. No dia 6 de julho de 2020, deu-lhe um potente medicamento antipsicótico antes de o empurrar para um poço, onde era suposto afogar-se sozinho. Mas, quando se apercebeu de que Eduardo José se mantinha à tona da água, não hesitou em descer e, com as mãos e os pés, afogou-o, refere a acusação.
Ao segundo dia de julgamento (quarta-feira), não resistiu ao teor de alguns depoimentos e a alguns factos que lhe são imputados na acusação, como o relato de médicos dando conta que Fátima nunca aceitou o diagnóstico de autismo do filho e que sempre terá demonstrado resistência à prescrição da medicação.