Bragança

Nomeadas coletivas de Trás-os-Montes em risco de se perderem

Publicado por Glória Lopes em Qui, 2024-07-04 10:07

Estão em risco de se perder as nomeadas coletivas tão características de Trás-os-Montes, que serviam para designar os habitantes das localidades e aldeias, que deixaram de ser usadas no quotidiano pelas populações. “Por toda a região os indivíduos dessas aldeias são conhecidos por essas nomeadas. Quem fez o primeiro registo foi o Abade de Baçal, e os seus informantes, que fizeram a recolha, que está vertida nas suas Memórias. Cerca de 100 anos depois é importante ver o que é que ainda sobrevive das nomeadas e tentar fazer um exercício sobre o que significam, não tanto em relação aos étimos, mas às palavras e o que poderão significar em termos de identidade e diferenciação entre as aldeias. Bem como o que fica a conhecer-se, que é tradição cultural e como se traduzem as diferenças entre as aldeias, pois poderá haver nuances entre elas”, explicou Luís Vale, investigador que escreveu o livro ‘Nomeadas coletivas em Trás-os-Montes Património em metáforas de identidade, diferenciação e tradução cultural”, apresentado no sábado na Fundação os Nossos Livros, em Bragança.

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