REPORTAGEM

“Os mortos estão cá o ano inteiro e não só no dia 1 de novembro”

Publicado por Glória Lopes em Qui, 2020-11-05 09:51

Nem as tradicionais visitas aos cemitérios a 1 e 2 de novembro, Dia de Todos os Santos e Dia dos Fiéis Defuntos, escaparam às contingências impostas pelo SARS.CoV (covid-19) em 2020. Se o vírus e a sua facilidade de propagação obrigou as Câmaras e Juntas de Freguesia a adoptar regras de acesso àqueles espaços, também fez com que muitas famílias reajustassem agendas e calendários, viajando e antecipando visitas ou optando por não se deslocar nesta altura. Uns porque a proibição de circulação entre concelhos impediu as deslocações, outros porque decidiram precaver-se e ir aos cemitérios antecipadamente tratar das campas e fazer as suas orações pelos entes queridos para evitar os ajuntamentos no fim-de-semana.
O movimento e as multidões de anos anteriores foram atenuados e de um modo geral os utentes tentavam cumprir as regras estipuladas, usando máscaras, evitando aglomerações e troca de impressões com os vizinhos das campas. “O dia por si já é triste porque lembramos mais os que já não estão connosco e nos eram tão queridos, mas este ano é ainda mais. É doloroso, até. Tudo isto me entristece, mas sei que é necessário para a nossa própria segurança. Venho todos os anos, não quis que este fosse diferente. Estive para não vir, só que me custava muito faltar aos meus”, explicou Maria, que veio de Lisboa durante a semana por não poder viajar no fim-de-semana.
Teresa deslocou-se de Vinhais para tratar das campas e fazer as suas orações na passada quinta-feira.
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