Professores reuniram-se em vigília contra propostas do Governo para a profissão

Cerca de meia centena de professores de Bragança juntaram-se, na segunda-feira, numa vigília em protesto contra as mais recentes propostas do Governo para a carreira.

A ação de protesto foi convocada por uma plataforma de sindicatos, que inclui a Fenprof, o SEPLEU (Sindicato de Educadores e Professores Licenciados pelas Escolas Superiores de Educação e Universidades) ou a Pro-Ordem dos Professores (de fora ficou o SPZN [Sindicato de Professores da Zona Norte, ligado ao PSD], que não se associou à iniciativa).

“O SPN [Sindicato de Professores do Norte] e os restantes sindicatos desta plataforma acharam que era preciso estar alerta depois do que ouviram na reunião com o Ministério. Por um lado, achamos benéfica a proposta do Ministério da Educação de reduzir a área de abrangência das zonas pedagógicas. Mas, por outro lado, não apoiamos o processo de recrutamento de professores que, em parte, passará para uma administração a nível regional, com uma espécie de colégio de diretores que iriam decidir a contratação em função do perfil do professor e do projeto educativo da escola. Deixaria de ser só pela graduação profissional e passaria a ser também pelo perfil”, denunciou Teresa Pereira, dirigente do SPN.

“Sabendo o que está em causa no caso de ter em conta o perfil, poucos professores haverá que concordam com essa forma de recrutamento”, disse ainda, considerando que “a principal urgência destas ações de luta prende-se mais com essa proposta”, que consideram “desonesta”.

Já Helena Rodrigues, do SEPLEU, diz mesmo que se trata de uma desqualificação da profissão e um processo menos transparente”.

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