Relatório ao incidente do Marão ainda está sem ver a luz ao fundo do túnel
Um sentimento enorme de insegurança. É isso que o presidente da Câmara de Vila Real, Rui Santos, sente depois das revelações, em primeira mão, feitas na semana passada pelo Mensageiro de Bragança sobre o incidente de 11 de junho, no Túnel do Marão.
Uma semana depois, o autarca continua sem conhecer o teor do relatório de avaliação ao incidente em que ardeu por completo um autocarro da Rodonorte, com 20 passageiros a bordo.
O Secretário de Estado da Administração Interna, Artur Tavares Neves, que em janeiro admitiu já estar na posse do documento, escusou-se a falar sobre o caso, mesmo inquirido publicamente pelo Mensageiro na Feira da Caça de Macedo de Cavaleiros, na passada sexta-feira. “Não é o local para falar sobre o assunto”, limitou-se a dizer, à margem de uma visita ao quartel dos bombeiros locais.
O socialista Rui Santos é que não se conforma, pois teme que as conclusões “sejam alteradas”.
“Colocam vidas em risco”
“Quero acreditar que o relatório será límpido e transparente”, frisa o autarca vilarrealense, considerando que toda esta demora em tornar o documento público “parece uma anedota”. “O relatório deveria ser público e eu preferia não ter razão naquilo que venho dizendo”, sublinhou Rui Santos, ao Mensageiro, que vai mais longe. “A sensação que fica é que se preparam para arranjar o relatório. Mas espero bem que não o façam”, atira.
O presidente da Câmara de Vila Real diz que “a cada dia que passa sem que as recomendações de segurança sejam colocadas em prática, é mais um dia em que se coloca a vida das pessoas em risco”, frisa o mesmo responsável.
Mais revelações
Uma semana depois de ter revelado parte do teor do relatório entregue à Secretaria de Estado da Administração Interna, o Mensageiro está em condições de desvendar mais alguns pormenores, nomeadamente as dificuldades para a visualização das imagens das câmaras de segurança devido ao fumo que começou a ser libertado a partir das 20h29m.
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