Nordeste Transmontano

Verão trouxe esperança no meio da crise ao comércio local

Publicado por António G. Rodrigues/Francisco Pinto em Qui, 2020-08-13 09:45

O desconfinamento possível e o calor do verão trouxe alguns sorrisos de esperança aos empresários, depois de dois meses de encerramento forçado.
A crise instalou-se, sobretudo no comércio local, aos ombros de uma pandemia que ameaça a saúde de todos. Mas esperança é uma das palavras ouvidas.
A Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Bragança (ACISB), por exemplo, até teve alguns associados a saírem-se bem com os tempos atuais.

“O comércio local subiu um pouco, como nos eletrodomésticos. As serralharias e carpintarias não tiveram uma quebra muito acentuada, na ordem dos 5 a 10 por cento. E o comércio dos acrílicos subiu ligeiramente”, explicou Maria João Rodrigues, contabilista e presidente da ACISB.

No entanto, a paragem também foi complicada para outras áreas de negócio. “Tudo o que é comércio, como o pronto a vestir. Cem por cento [de quebras] em abril e a retoma em maio foi muito gradual. Em junho, as quebras andaram na ordem dos 70 a 80 por cento. Em julho subiu um bocadinho mas nada que ajude a respirar muito”, sublinhou. E aponta mesmo um dado curioso: “A feira estava quase vazia quando, habitualmente, por ser a primeira de agosto, já com os emigrantes, costuma ter milhares de pessoas”.

Maria João Rodrigues acredita que o medo será o maior obstáculo dos comerciantes. “Há medo generalizado. E o consumidor não compra porque tem medo do futuro. Por um lado, houve quebra de rendimentos e, por outro, há medo do futuro. Devido ao lay-off, houve quebras de 30 por cento”, apontou.

Quando ao futuro, a presidente da ACISB entende que “depende da pandemia e, essencialmente, do vírus que houver no distrito”. “Se estiver controlado, como agora, as pessoas ainda saem à rua, entram nas lojas e compram alguma coisa. Se o número de casos subir, prevejo um outono/inverno deveras complicado”, frisou.

 

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