A opinião de ...

Eleições na Madeira

O PSD aguentou-se bem, o PS capitalizou os votos de toda a esquerda demonstrando um apetite canibal a corroer o eleitorado da esquerda caviar, entenda-se Bloco de Esquerda, a CDU à beira de ser deglutida dado enorme apetite dos camaradas de António Costa, os apaniguados da Senhora Cristas vão ser contemplados com grossas talhadas da melancia governamental pois estão numa posição charneira ao modo de bisagra (um dirigente local defendia núpcias a estabelecer com o independente cabeça de lista da mãozinha cor-de-rosa), os Juntos Pelo Povo explicam o perigo da regionalização e explicam as razões da oposição de Marcelo a ponto de ter emudecido o marido de Elisa Ferreira obedecendo à chamada de atenção de Costa, porque/porque o Presidente da República impera nas sondagens e no País.
Os resultados na Pérola do Atlântico dão pano para mangas, mesmo os utilizadores de manguitos vão gastar baba e ranho a fim de todos cantarem vitória, sem esquecer os tenores canoros cujas lentes só vêem as cores emanadas pelos seus corações ou a gamela de que falava a novel Comissária até agora na gamela do Banco de Portugal. Faço esta chamada de atenção porque em política tal como nos restantes pedaços da nossa vida mais vale cair em graça, e a «escola» Valente de Oliveira brotou alunos e alunas em prolongado estado de graça.
Na Madeira o povo entendeu (a meu ver bem) desconhecer o Sr. Lopes da Aliança, ao longo de quarenta anos usufruiu do capital do PSD, depois tentou destruir o património herdado, agora os madeirenses enviaram-lhe um cartão vermelho, a 6 de Outubro veremos se o Continente corrobora ou não a cartolina encarnada. O ora PSL virou ocupa, foi primeiro-ministro, queixa-se de ter sido votado ao ostracismo (o termo deriva de ostras) como se o menino guerreiro não tivesse tentado silenciar Marcelo w os militantes seus opositores, esquecendo ele o seu currículo na matéria muito espicaçado por Conceição Monteiro.
Principiou o rescaldo eleitoral na Região dos cavalos-marinhos, já não de usa utilizá-los nos corpos dos derrotados (ai dos vencidos…), ao modo de metáfora pensemos em todos quantos mereciam ser castigados pela usura do poder, o ressuscitado Alberto João tem grossas e graves culpas no cartório), muitos milhões de euros foram derretidos em fumos (não me refiro aos charutos de Jardim até porque ele sempre repeliu tentações) refiro-me a projectos extravagantes, desajeitados, sem ponta por onde se lhe podia pegar, por isso, a perda de maioria absoluta terá o condão de possibilitar melhor governança sem mantenças espúrias e obscenas.
O leitor fique atento aos próximos meses, preste tempo, olhos e ouvidos às negociações que começaram logo após a primeira sondagem, no entanto, o Diabo é tendeiro!

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