Autofagia
A classe política, auto intitulada de democrática e fiel depositária da chamada ética republicana, não se cansa de alertar a sociedade contemporânea dos riscos perigosos da ascensão e preponderância dos extremismos populistas.
A classe política, auto intitulada de democrática e fiel depositária da chamada ética republicana, não se cansa de alertar a sociedade contemporânea dos riscos perigosos da ascensão e preponderância dos extremismos populistas.
Jorge Nunes, uma das vozes transmontanas mais esclarecidas e inconformadas, promotor do desenvolvimento e do bem estar do nordeste, escreveu, recentemente, um texto preparatório do próximo Congresso Transmontano, (que será o V) na sequência do livro “Congressos Transmontanos 1920-2020” editado pela Lema d’Origem prefaciado pelos Professores Adriano Moreira e Fernando de Sousa, e com posfácio do Professor Ernesto Rodrigues.
Em comunicação direta aos associados a Direção da Academia de Letras de Trás-os-Montes (ALTM) deu nota da jornada literária iniciada no dia 27 de outubro em Vila Real. Sob o pretexto da apresentação do livro “Enquanto Diana Dormia” da autoria do Presidente da Mesa da Assembleia da ALTM, Francisco Caseiro Marques, quem acorreu ao Centro Cultural vilarrealense pode ouvir, não só a Presidente da Direção, Assunção Anes, mas igualmente a escritora e antropóloga brasileira, Maria de Nazaré Paes de Carvalho.
Em 2013, pela primeira vez, vários Presidentes de Câmara e de Junta de Freguesia não se puderam recandidatar por terem completado (ou excedido) o limite de três mandatos consecutivos máximos admissíveis. Esta alteração legislativa ao processo eleitoral autárquico pretendia, essencialmente, acabar com a perpetuação de alguns edis nos cargos para que tinha sido, sucessiva e ininterruptamente eleitos, há tanto tempo que eram vulgarmente conhecidos como dinossauros. Esse objetivo foi completamente atingido.
Ando há anos a defender a necessidade urgente e inadiável de recuperar a linha férrea em todo o nordeste, como ferramenta de desenvolvimento e de combate à desertificação. Foi com genuína satisfação que recebi a notícia da aposta governamental na ferrovia, garantindo que a mesma chegaria a todas as capitais distritais. O comboio em Bragança é uma exigência que deve unir todos os transmontanos e a possibilidade de ser proporcionado um acesso, tão fácil e rápido quanto possível, à alta velocidade, é igualmente desejável.
Há alturas em que, confrontados com a nossa consciência, nos deparamos com o dilema sobre o que se adequa melhor ao objetivo singular de melhor servir a região a que dedicamos séria e honesta afeição.
Numa altura em que um dos temas mais candentes da atualidade é, precisamente a necessidade de redução da carga fiscal, falar da criação de mais um imposto (ou dois) pode parecer insensato, despropositado ou até ofensivo para a tão sacrificada e causticada classe média. Seria se fosse apenas mais um, taxando os rendimentos correntes e atingindo substancialmente os do costume. Não é! E, igualmente, não se destina a cobrir despesas correntes da trituradora máquina do Estado.
“Faça esta medicação e depois volte cá para vermos se está melhor ou é preciso experimentar outro tratamento!”. Quem nunca ouviu isto do seu Médico de Família ou até do Especialista? Mais constrangedor e até dramático foi o relato de um amigo meu a quem lhe morreu, recentemente, uma filha, ainda nova, com um cancro: “O que mais me doeu foi, já no final, ver, o grande sofrimento dela e os médicos a mudarem de terapia, sem resultados visíveis, como se não soubessem ao certo qual o melhor tratamento”.
Quando a vaga de emigração regressou ao nosso país, com valores expressivos, nos dramáticos anos da Troika, interpretando literalmente a recomendação explícita (é bom não esquecer) do então primeiro ministro Passos Coelho, uma das profissões que mais se destacou nessa sangria de trabalhadores qualificados foi a dos enfermeiros.