Agrupamento de Macedo com aulas apenas no primeiro ciclo devido a greve de professores e funcionários

O Agrupamento de Escolas de Macedo de Cavaleiros tem hoje só o primeiro ciclo em funcionamento devido à greve de professores e funcionários, que inviabilizou o normal funcionamento das aulas dos segundo e terceiro ciclos e secundário.

“Estamos em greve por tempo indeterminado”, revelou ao Mensageiro Joaquim Queirós, delegado sindical do STOP, uma nova organização sindical que reúne “todos os profissionais da educação”.

Paulo Dias, diretor do Agrupamento, admitiu, em declarações ao Mensageiro, que foi a falta de funcionários a obrigar ao encerramento das atividades letivas.

“Está encerrada a portaria, bar dos alunos, reprografia mas, sobretudo, não temos funcionários nos blocos de salas”, frisou.

Joaquim Queirós revelou que as principais reivindicações são transversais às várias profissões do ensino.

“Começamos pelos próprios assistentes operacionais, pois há falta de pessoal. Estão vários de baixa por sobrecarga de trabalho. Também a remuneração é uma das queixas, pois está perto do vencimento mínimo.

Quanto aos professores, lutam por uma escola pública de qualidade. O aspeto remuneratório também é importante, bem como o acesso à profissão”, vincou.

“As alterações na mobilidade por doença e o facto de a escola estar a perder qualidade” são outras das reivindicações.

“Ou o Governo muda de política ou tem de mudar de Ministro”, frisou.

Entretanto, alguns professores manifestaram-se à porta do agrupamento.

De acordo com o sindicato, esta greve, que foi convocada por tempo indeterminado, deverá ter mais expressão entre hoje e quinta-feira.

No resto do distrito não são conhecidos constrangimentos de maior.