Autarca estima em mais de dois mil hectares a área ardida no concelho só num incêndio

O presidente da Câmara de Vila For estima mais de dois mil hectares de área ardida no seu concelho, na sequência do incêndio que deflagrou no passado domingo, 16, na freguesia de Barcel, em Mirandela.
O fogo, que se manteve ativo até quarta-feira seguinte, dizimou culturas agrícolas como olivais, amendoais e vinhas. “Estamos a fazer o levantamento e a identificação de culturas e proprietários, com as associações, como a Confederação dos Agricultores Portugueses, do concelho de Vila Flor, Foz Côa, Mêda, Mirandela e Alfândega da Fé, para começar a trilhar esse caminho de recuperação”, indicou Pedro Lima, o autarca de Vila Flor, para onde está marcada uma reunião amanhã entre autarcas e o secretário de Estado das Florestas para fazer o balanço do incêndio, que além do concelho de Mirandela, atingiu o de Alfândega da Fé, Macedo de Cavaleiros e Vila Flor. “Começamos a distribuição de alimentação para os animais, principalmente pequenos ruminantes, e para abelhas. Fornecemos esse alimento para ajudar neste momento de recuperação”, deu conta o autarca.
Este município fez um levantamento dos produtores afetados e vai fazer entregas semanas de alimento para o gado. “Para manter o potencial produtivo na pecuária. O que mais nos preocupa são medidas concretas, que vão até 10 mil euros, e que louvamos, e vai para muitos agricultores. Na Vilariça grande produtores ficaram sem pomares, vinhais, olivais fustigados pelo fogo”, indicou e reivindicou “medidas concretas”.
Uma das questões que os autarcas querem abordar com o governo é a forma como os vitivinicultores afetados pelos fogos, e com a vindima à porta, vão fazer respeitar “as suas obrigações e a autorização de produção e os jovens agricultores como vão concretizar os seus projetos”, acrescentou.