Nordeste Transmontano

Dois transmontanos vão gerir os 3,8 mil milhões do Norte 2020

Publicado por César Rodrigues em Sáb, 2015-03-07 20:56

Análise política à escolha dos dois vogais para a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Norte:
Tal como o Mensageiro de Bragança noticiou em tempo oportuno, Jorge Nunes, ex-presidente da Câmara Municipal de Bragança, foi escolhido, pelos presidentes de Câmara do Norte, para ser indicado ao governo para a Comissão Diretiva do Programa Operacional Regional do Norte, conhecido por «Norte 2020», que vai gerir os fundos comunitários a aplicar em toda a Região Norte nos próximos 6 anos.
Tendo em conta que a Comissão em causa é constituída por 3 elementos e que 2 deles são de Trás-os-Montes – um de Bragança e o outro de Vila Real - procurámos algumas informações dos bastidores para se perceber melhor o que se passou para o interior transmontano conseguir colocar dois nomes na referida Comissão.

Carlos Duarte chumbado pelo governo - Américo Pereira rejeitado pelos autarcas minhotos

Esta Comissão é constituída pelo presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Norte (CCDRN), que nela tem assento por inerência de funções, por um representante das autarquias, que pode ou não ser aceite pelo governo, e por um terceiro elemento da escolha exclusiva do próprio governo.
O primeiro nome a ser indicado pela Associação Nacional dos Municípios Portugueses, numa deliberação consensual entre os autarcas do PSD e do PS, do Norte, foi o de Carlos Duarte, que, no entanto, foi rejeitado duas vezes pelo governo.
Perante esta situação houve presidentes de Câmara a defenderem que se devia insistir no mesmo nome, até ao fim. No entanto, perante a intransigência do governo em aceitar o nome de Carlos Duarte, os presidentes de Câmara do Norte dividiram-se e o PS e o PSD não chegaram a acordo para indicar outro nome que merecesse o consenso dos dois partidos.
Foi assim que, do lado do PS, surgiu o nome do presidente da Câmara de Vinhais, Américo Pereira, e do lado do PSD surgiu o nome de Francisco Araújo, ex-presidente da Câmara de Arcos de Valdevez.
Américo Pereira começou por ter o apoio dos autarcas socialistas do interior transmontano e do Porto, bem como o apoio dos presidentes das Federações de Bragança, do Porto e de Vila Real, para lá do apoio de Jorge Gomes, membro do Secretariado Nacional. À partida teria ainda o apoio de alguns autarcas do PSD, dos distritos de Bragança e Vila Real, já que o primeiro nome escolhido pelo PSD era do Minho.
 
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