Gerações do Concelho de Bragança encontraram-se na Senhora do Aviso
Tendo em conta a localização geográfica, bem perto da minha aldeia, Frieira, os laços sociais e religiosos que ligam ao Santuário, o facto de o meu pai estar presente, bem como os objetivos inerentes ao evento, marquei presença no XII Encontro de Gerações do Concelho de Bragança, que decorreu no passado Domingo, na Senhora do Aviso – Serapicos. E gostei.
Em primeiro lugar, sem estar em causa qualquer relação de vizinhança, devo dizer que, na minha opinião, o local foi muito bem escolhido. Não só porque se trata de um Santuário de referência transversal, ao nível do concelho de Bragança e limítrofes, mas também pela sua implantação, pela forma irrepreensível como os responsáveis/mordomos cuidam das instalações religiosas e todo o espaço envolvente, digno de uma visita em qualquer altura do ano. Por outro lado, é importante não esquecer a entrega e disponibilidade dos mordomos (as) da Senhora do Aviso no apoio a toda logística necessária para que o encontro decorresse da melhor forma.
Agora designado, Encontro de Gerações, cuja responsabilidade organizativa e logística é da inteira responsabilidade da Câmara Municipal, tem, inegavelmente, vindo a assumir-se como um interessante evento social que, anualmente, reúne a população do Concelho de Bragança num local de culto, onde ficam bem patentes, o convívio, a partilha, a festa e o lazer. Assume, assim, já uma espécie de tradição que ganha importância crescente para as diferentes entidades do concelho brigantino e, sobretudo, para as populações residentes nas freguesias rurais, mas que também leva as urbanas a melhor conhecerem interessantes locais fora da cidade, capital de distrito.
Trata-se, com efeito, de ponto de encontro, singular e único para as comunidades e organizações que nele participam, pois permite-lhes potenciar e promover o convívio e a solidariedade entre pessoas com diferentes idades e locais de origem, acabando se tornar mais oportunidade para os menos jovens partilharem experiências e continuarem a sentirem-se úteis, valorizados e considerados, desempenhando um papel ativo na sociedade, ao mesmo que são potenciados factores que contribuem para uma vida mais saudável, independente e preenchida.
Torna-se, assim, uma oportunidade, para uma aproximação geracional e uma referência para as famílias, IPSS e Freguesias, que colaboram afincadamente na sua concretização e no seu sucesso, contando, ainda, este ano com o apoio de outras diferentes instituições, como, por exemplo, a Unidade Local de Saúde do Nordeste, GNR, Cruz Vermelha Portuguesa, Bombeiros de Izeda, Reitor e Comissão do Santuário de N. Sra. do Aviso, Escola Lombardesa dos Gaiteiros e Tocadores e escuteiros do Agrupamento XVIII, do Corpo Nacional de Escutas. Pena foi que, tendo em conta a tradição e o acompanhamento solene da Procissão, não estivesse presente, uma das bandas de música do concelho. Ficava muito bem
De salientar que foram transportados, institucionalmente, cerca de milhar e meio participantes, contando, para a sua mobilização, a colaboração das 39 freguesias e uniões das freguesias do concelho e 16 entidades com intervenção na área social, estimando-se em cerca de dois milhares e meio, o número total de presenças.
Por tudo isto e não só, entendo que vale a pena dar continuidade a este evento, diversificando as formas de convívio e interacção, bem como a implementação de atividades culturais, recreativas e desportivas com identidade regional, que promovam recordações do passado e partilhem ensinamentos para o futuro.
