A opinião de ...

Investir no São Bartolomeu

“Se não influenciarmos, liberaremos as pedras para que solucem nesta brigantina penha”.
O São Bartolomeu merece um ambiente cuidado, seguro, atractivo e moderno. O “Miradouro por excelência da cidade de Bragança”, espaço privado de utilização coletiva, necessita visitas regulares de equipas de manutenção e limpeza e:
1.     melhorar e alargar o sistema de iluminação do planalto;
2.     sanitários de funcionamento permanente, pontos de água e bebedouros.
3.     videovigilância para segurança interna e deteção de incêndios;
4.     parque de estacionamento pronto, a coligir acessos, para aumentar recursos e beneficiar o planalto;
5.     reabilitar muros, passeios, zonas de jardim e floresta;
6.     repor equipamento urbano [mesas, bancos, papeleiras e sinalética];
7.     tornar acessível ás visitas, em lugar de grande evidência, rede móvel gratuita [WiFi4EU] e um “múpi” com informação histórica, geográfica, paisagística, ambiental e publicitária [para “organizações apreciáveis”];
8.     recuperar o Miradouro, a Capela, os Coretos e a Casa do Romeiro;
O São Bartolomeu está entre os “negócios”, melhor, entre as iniciativas que transcendem a utilidade comercial sendo um dos empreendimentos gerador de audiências, com assinalável repercussão social na cidade e não só, com um elevadíssimo potencial de visitantes diários. Para lá do equipamento urbano esparso e fragmentado, há edificações degradadas a necessitar atenção urgente. O Cabido e a Paróquia de Samil estão disponíveis para unir e mobilizar instituições como a Rádio Renascença [RR e RFM], a MEO, a Brigantia, o Município, as Juntas de Freguesia, entre outras, para em parceria promoverem a recuperação deste paradigmático espaço urbano. Dentro em breve vão colocar uma escultura urbana no planalto, comemorativa dos 75 anos do escadario e apresentar publicamente um álbum de memórias.
A nobreza do tecido empresarial manifesta-se através de uma coerente política de valores, que vão da honra de compromissos, à responsabilidade social junto dos trabalhadores, a uma afinada consciencialização comunitária, donde lhe advém benefícios, reputação, credibilidade e legitimidade. As organizações virtuosas são tidas em grande apreço, mas este valor é sobretudo um processo, não um estado acabado. Já não basta apoiar um evento virtuoso, para que a organização também o seja. Não basta haver uma andorinha para declarar a primavera. “A relação entre andorinhas e primaveras resulta de padrões que se repetem incessantemente no decurso dos longos períodos de tempo”.
Não nos interessa saber se F. Pessoa estava, ou não, inspirado, ou se se agitava, tal como nós, pela escassez de meios, quando disse: uma boa “dádiva tem o condão de comover as rochas”. Se não tivermos o mérito da influência, liberaremos as pedras para que elas solucem nesta brigantina penha.

Edição
4009

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