Armando Fernandes

 

 

CGD - A Caixa fora da caixa

O segredo de Polichinelo rebentou. O segredado pós prandial nos restaurantes e locandas de comer à moda e beber do fino de boca a ouvido em toda a Lisboa está a causar comichão ainda distante da urticária aos mandões do Banco de Portugal e figurões do bloco central dos interesses cuja génese vai do PS ao PSD, dando umas migalhas do bolo ao CDS como é cintilante exemplo Celeste Cardona.


PSD

Há escassas semanas escrevi um artigo acerca do cerco a Rui Rio perpetrado por carreiristas políticos escorados nos padrinhos de todas as causas de modo a manterem influência, logo poder, a fim de o seu trajecto de facilitadores não conhecer tropeções na senda da ambição lucrativa a todos os níveis.


Armando Vara

“Continua por favor, já que o teu exórdio foi bem promissor”. Marco Túlio Cícero
Há anos escrevi um texto relativo a Armando Vara na sequência de acções e nótulas políticas no qual trazia à colação a similitude com Macário Correia outro político mal considerado e pior amado por parte dos árbitros de elegância habituais frequentadores dos Passos Perdidos, sejam deputados, sejam jornalistas e opinadores, sejam refinados burocratas da legião da mão fria.


O 1.º de dezembro

Nesta selva de caminhos electrónicos é difícil fruir descansadamente as efemérides de grata memória porque as mesmas são diluídas na máquina trituradora dos noticiários infestados de bastardos paridos nas barcas sensacionalistas soterrando marcos da nossa história, das nossas vivências. Nada escapa à voracidade instalada, mesmo os temas ou assuntos a exigirem cuidados na análise e argumentação são tratados com os pés, pensemos nos «prós e contras» moderados por uma senhora imoderada a interromper ou a cortar os raciocínios dos opinadores. No meio da salgalhada escapa quem?


25 de Novembro 1975

Nesse dia um facho vivo de incerteza pairava sobre o País acabado de sair de um sistema político eivado de veios fascistas, entalado num corpete estreitamente vigiado pela polícia política, vivendo penosamente porque o seu secular atraso o tinha atirado para o alforge dos países subdesenvolvidos estando revolvido tal como as serpentes que mordem o próprio rabo. A situação era insustentável.


Os CTT

Todos os dias calcorreavam montes e vales levando uma sacola grávida de boas novas e triste notícia, enquanto as entregavam escutavam desabafos, lamúrias e recados disto e daquilo. Nos dias de festa, especialmente no decorrer das matanças eram obrigados a partilharem dos comeres servido, nos dias de canícula bebiam água fresca das bilhas domésticas e das fontes ainda a jorrarem. Eram os carteiros. Os carteiros faziam parte da paisagem social transmontana, sendo de inestimável valia nos meios rurais.


Machismo

Um homem não chora. Desde tenra idade ouvi dizer o título de um livro de Sttau Monteiro, Um Homem Não Chora. Choro e continuarei a chorar desconsiderando o mandamento machista, porque chorar era fraqueza feminina.


Elites

No tempo em que não falávamos para caixinhas de variadas formas, cores e sons, nesse tempo das caixinhas música com miniaturas de bailarinas a dançarem enquanto durava a corda, quando se pretendia diferenciar alguém atestando a origem, formação superior, posição ou teres forra do normal, esse alguém – era da elite – fosse nas vilas esquecidas ou nas cidades de todas as dimensões.


Assinaturas MDB