Era a única árvore no cimo do monte: grande, frondosa, magnífica, algo arrogante, enquanto acolhia de bom grado quantas aves a procuravam para nela fazerem os ninhos, criarem os filhos, entoarem alegres canções, acompanharem o balouçar dos ramos embalados pelo vento, enquanto davam a saber que ali havia vida e alegria. Debaixo dela, à sombra, descansavam coelhos, lebres, perdizes… e, de onde em onde, alguma estonteada e cambaleante raposa que, perseguida pelo sol abrasador, ali descansava e adormecia até retomar forças.