Revisão Administrativa
Arq.º Nuno Trancoso
Manuel Carlos Fernandes
Dezembro de 2011
Arq.º Nuno Trancoso
Manuel Carlos Fernandes
Dezembro de 2011
A reforma administrativa aprovada na segunda metade do séc. XIX em pleno regime monárquico, mostra bem a diferença entre a competência e a incompetência.
Eu penso que essa divisão administrativa não foi resultado de nenhum impulso mediático ou político. Doutra forma não teria durado quase 150 anos.
Os vulgos republicanos da I república não tiveram coragem de mexer em tal coisa.
A D. Manuela (Ferreira Leite) sugeriu em tempos, suspender a democracia por 6 meses. Lembram-se? E eu defendo que as eleições autárquicas são, perfeitamente, dispensáveis e desnecessárias. É que vistas bem as coisas o resultado vai dar sempre a 308 ditadurazecas concelhias.
É verdade que as aldeias estão cada vez mais com menos gente ao ponto de, em dezenas de freguesias ser cada vez mais difícil fazer listas. Depois ao longo do mandato o objectivo deixa de ser resolver os problemas das populações e passa a ser mudar para o partido de presidente da Câmara.
E Passos ganhou em 2011!
E Passos ganhou em 2015!
E vossas senhorias estão, agora, preocupados porque o PSD e Passos estão a descer nas sondagens.
Finalmente, vossas senhorias dão sinais de vida ao preocuparem-se tanto com o PSD e com o Passos.
E por isso em tudo o que é canal de TV, rádio ou jornais vossas senhorias aparecem, de dia e de noite, a debitar palpites e bitaites para o povo pensar que a salvação de povo de PSD será correr com Passos!
E vossas senhorias estão a pensar bem. Estão a pensar à António Costa!
É verdade que o cavaquismo trouxe-nos uma década de progresso, desenvolvimento e prosperidade económica. É verdade que o cavaquismo transformou este país e a sociedade portuguesa como nunca tinha acontecido. Mas também é verdade que:
nunca houve tantos abusos de poder por parte dos poderosos da política, do dinheiro e da finança;
nunca houve tanto dinheiro mal investido, mal aplicado e tantos desvios de fundos;
é neste período que começa o ataque (nunca visto) ao Interior do país e às regiões mais desfavorecidas (excepto Açores e Madeira);
Quem vos escreve do cimo de Portugal é alguém que tem acompanhado, de perto, a vida política dos últimos 42 anos. Não deve ter sido por acaso que durante muitos anos foi o militante nº25 do distrito do cimo de Portugal e que com a refiliação inventada, nos anos 90, pela dupla Marcelo/Rio foi despromovido para dar lugar, se calhar, a alguns (de vossas senhorias).
Mas como o povo não acredita em vós a maioria (de vossas senhorias) lá consegue (umas jeiras) nas rádios e nas televisões que o povo não ouve nem vê e pelas quais (jeiras)sois principescamente pagos. E como o povo sabe que «a mocha» do povo não dá com a vossa «cornuda» a percentagem de abstenção nas eleições tem vindo a aumentar desde o 25 d’Abril.
Quem vos escreve é alguém que aos 20 anos de idade abraçou um ideal e seguiu Francisco Sá Carneiro na luta pela defesa e pela implantação desse ideal. Nessa altura muitos ( de vossas senhorias) andariam de cueiros e de chupeta. Acredito que a maioria ( de vossas senhorias) não usem os tais cueiros mas pelo que tenho visto custa-vos muito a largar a chupeta.
Doutra forma o comportamento ( de vossas senhorias) seria outro.
Paz, Pão, Povo e Liberdade era este o alicerce do projecto pelo qual lutou e morreu Francisco Sá Carneiro.
E o povo, as vezes, chateia-se e do seu infortúnio saem mulheres e homens a dizerem verdades claras como a água e duras como fragas como, por exemplo, António Aleixo.
Há muitos burros mandando
em gente de inteligência
e as vezes fico a pensar
se a burrice não é ciência.
Porque o mundo me empurrou
caí na lama, e então
tomei-lhe a cor, mas não sou
a lama que muitos são.
Eu não tenho vistas largas,
nem grande sabedoria,
mas dão-me as horas amargas
lições de filosofia.
À guerra não ligues meia,