Editorial - António Gonçalves Rodrigues

Luz ao fundo do túnel

Duzentos e cinquenta e três dias desde o início da pandemia e o Nordeste Transmontano viveu a pior semana em termos de novos infetados.
Em sete dias, foram 485 os novos casos registados pelas autoridades de saúde do distrito de Bragança.
A ameaça de um novo confinamento paira no ar na pior altura possível para o comércio tradicional, já por si maltratado.


O filme de terror que saltou dos ecrãs para o nosso dia a dia

O texto da acusação do processo relativo à morte de Valentina, a criança de nove anos alegadamente assassinada pelo pai em maio passado, em Atouguia da Baleia (Peniche), é mais arrepiante que o mais brilhante filme de terror produzido por Hollywood.
Um terror que não é, ainda assim, comparável, ao sentido por aquela criança durante as horas de provação a que foi sujeita, precisamente por aqueles que primeiro a deviam proteger, a começar pelo pai, mas passando pelo resto da sociedade.


Respeitinho é muito bonito

Quando estamos a quase dois meses de celebrar o nascimento de Jesus, uma data que se reveste de tradição e comunhão familiar, o Conselho de Ministros veio lançar, no sábado, mais nuvens negras sobre o Natal deste ano.

Tal como expectável, os números de infetados com novo coronavírus têm estado a subir em todo o país. E assim se deverão manter até à primavera.


Alguns alertas...

Ao longo dos últimos sete meses, temos sido bombardeados com as mais diversas teorias e estudos relacionados com a pandemia que nos tem estupidificado a vida.
E muitas orientações. Do 'não use máscara porque dá uma falsa sensação de segurança' ao 'use máscara porque não há segurança para andar sem ela'. Portanto, já ouvimos de tudo e o seu contrário.


O equilíbrio e o bom senso

Aproximam-se os últimos dois meses do ano, tradicionalmente de grande carga emotiva entre os fiéis.
Por um lado, a solenidade dos Fiéis Defuntos e o dia de Todos os Santos mexem com o equilíbrio de quem perdeu entes queridos e aproveita estes dias para um suplementar reavivar de memória - porque estas coisas nunca se esquecem.
Por outro lado, em dezembro assinala-se o nascimento de Jesus, no Natal. Uma data tradicionalmente de reunião familiar.


O meu amigo Zé

Toda a gente tem um amigo Zé. Hoje vou falar-vos do meu.
O meu amigo Zé é uma pessoa preocupada com a sociedade. Gosta de ter um sentido crítico sobre aquilo que o rodeia. Mas, tal como manda a tradição portuguesa, deixa-se inquietar mais pelo pedação de líquido que habitualmente falta no copo do que se deixa alegrar pelo esforço despendido para o encher.


Segunda vaga

“Como uma onda no mar”, cantavam os Pólo Norte. É assim o tempo em que vivemos, como uma onda no mar, uma atrás da outra.
Depois de uma vaga inicial assustadora (mais do que devastadora), a pandemia instalou-se nas nossas vidas, e o vírus recuou na intensidade. Tal como previsto.
Os meses de verão serviram para transmitir a muitos de nós aquela falsa sensação de segurança de que tanto se falava nas primeiras semanas de pandemia.


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