Bragança-Miranda

Centro Social Paroquial de Parada assinalou 25 anos

Publicado por AGR em Qui, 2024-10-31 09:28

Centro Social Paroquial de S. Roque, em Parada (Bragança), assinalou, na terça-feira, 25 anos de existência, com uma eurcaristia presidida pelo Pe. José Carlos Moreira, seguida de um almoço convívio com os utentes.

“Há 25 anos que esta instituição presta apoio a mais de 30 utentes, não só da freguesia de Parada mas, também, de Grijó, Freixedelo, Paradinha Nova e Coelhoso. São muitos utentes que, diariamente, recebem a visita das nossas colaboradoras que é, muitas vezes, a única visita do dia”, explicou Andreia Cordeiro, a diretora técnica da instituição que, desde a pandemia, presta apoio domiciliário a mais de três dezenas de utentes.

“Pretendemos apoiar cada vez mais utentes com mais serviços. Atualmente temos quatro serviços: alimentação, higiene pessoal, higiene habitacional, tratamento de roupas dos utentes. Já tivemos centro de dia mas, neste momento, não tem procura. Os utentes preferem que o serviço vá ao seu encontro, na sua habitação. Quando já não podem estar em suas casas, preferem as ERPIS.

Desde a pandemia tivemos de fechar a resposta. Cada um deles se foi isolando cada vez mais. Focámo-nos nesta resposta para ir de encontro ao que nos é solicitado pelos utentes”, acrescentou a mesma responsável, uma das seis funcionárias da instituição.

Ora, é precisamente na falta de mão de obra disponível que está um dos principais desafios deste centro, que funciona em meio rural.

“Dificuldades: em primeiro lugar, a mão de obra. Temos dificuldade em arranjar pessoas para trabalhar. Em segundo lugar, as deslocações. Mas procuramos chegar a todos. Procuramos ter um ambiente de proximidade”, garantiu o presidente da instituição, o Pe. José Carlos Moreira.

O sacerdote revela que tem havido “um aumento do número de utentes” para que os possam “servir no que necessitam”. “Temos sempre esta tríade, que é uma boa alimentação, higiene pessoal e habitacional. Procuramos ter sempre um encontro mensal com todos. Isto é um centro de apoio ao domicílio”, disse.

Jorge Fidalgo, presidente do centro distrital de Segurança Social e um dos convidados presentes, sublinha que “estas instituições são extremamente importantes”. “Esta parceria entre a Segurança Social e estas IPSS, quase todas elas ligadas à Igreja, são extremamente importantes porque criam essa relação de proximidade com as pessoas que necessitam diariamente do apoio destas instituições”, disse, considerando que este centro “é extremamente importante”. “Sempre que pudermos continuar com os utentes no seu ambiente familiar, é esse o objetivo. Este é o espírito da solidariedade entre as instituições e das instituições para com as pessoas”, frisou.

Também a vice-presidente da Câmara de Bragança, Fernanda Silva, entende que “estes Centros Sociais prestam um serviço muito importante à comunidade no meio rural, porque são o ponto de encontro, um ponto de resposta às necessidades básicas de pessoas que muitas vezes estão sozinhas e que os filhos estão fora”. “É um período muito importante da vida das pessoas, que precisam de um apoio mais próximo”, sublinhou.

A autarquia tem em mãos um processo para identificar as necessidades do concelho.

“Através do Radar Social, temos uma candidatura ao PRR, em que estamos a fazer o levantamento das necessidades das várias idades e confirmamos que este é um território envelhecido e que temos de ter uma resposta diferenciada e diferenciadora”, explicou.

“[O objetivo é] tentarmos perceber com as instituições o que se pode fazer e reivindicar junto do Poder Central porque dão resposta a muitas necessidades da população”, precisou a mesma responsável da autarquia.

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